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Supremo Tribunal Federal nega recurso da PGR e mantém suspeição de Moro

A decisão considerou o ex-juiz  da 13ª Vara, Sérgio Moro, parcial ao julgar o doleiro Paulo Roberto Krug condenado no caso Banestado

08/04/2021 - 17h03

De Brasília 

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou recurso da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra decisão que considerou o ex-juiz Sérgio Moro parcial ao julgar o doleiro Paulo Roberto Krug, condenado no caso Banestado, que mirou esquema bilionário de evasão de divisas entre 1996 e 2002. 


Por unanimidade, os ministros seguiram entendimento do relator, Gilmar Mendes, e mantiveram a anulação da sentença fixada pelo ex-magistrado da Lava Jato. O caso foi analisado no plenário virtual da corte, em julgamento que se encerrou nesta quarta ( 7).


O caso de Krug, julgado em agosto do ano passado, serviu como um a espécie de 'prelúdio' dos possíveis votos de Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski no julgamento sobre a suspeição de Moro no processo do triplex, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na retomada do julgamento no mês passado, a expectativa era de que o voto decisivo ficaria a cargo de Kassio Nunes Marques, recém-chegado na corte. 


O ministro acabou se posicionando a favor do ex-juiz da Lava Jato, provocando desgaste com Gilmar, e a reviravolta se deu com a mudança de voto da ministra Cármén Lúcia, que fez 3×2 para declarar Moro parcial.


No processo relacionado ao Banestado, o voto de Gilmar que acabou acompanhado por todos os demais ministros da 2ª Turma considerou que o recurso da PGR buscava a 'rediscussão' do que foi decidido no julgamento, sendo que para o relator não seria não seria possível fazê-lo por meio do instrumento processual escolhido pela Procuradoria. Gilmar disse não verificar omissão, contradição, obscuridade ou erro material da decisão que anulou a sentença dada por Moro.


"No inteiro teor do acórdão há a indicação precisa, com a devida motivação, dos elementos que embasaram os votos proferidos a ponto de indicar a parcialidade do julgador e o prejuízo ocasionado", registrou Gilmar.


No julgamento realizado em agosto, a Segunda Turma acolheu os argumentos do doleiro de que Moro teria sido parcial ao realizar oitiva com Alberto Youssef para auxiliar na produção de provas durante a fase investigativa do caso. Além disso, a defesa apontava que os documentos obtidos teriam então sido anexados no processo após as alegações finais da defesa e utilizados por Moro na elaboração da sentença. Estadão.

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