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PMDB pode sofrer debandada após resultado pífio das eleições em MS

30/10/2014 - 15h00

Marquinhos Trad cogita deixar o PMDB (Foto: Divulgação )
Fábio chama correligionários de traíras (Foto: Divulgação )
Nelsinho Trad durante campanha ao governo (Foto: Divulgação )
Willams Araújo

O resultado insatisfatório nas eleições para o governo de Mato Grosso do Sul, aliado a divergências internas que levaram o partido a ir rachado para a disputa, pode provocar sérias conseqüências em seus quadros no futuro, incluindo possível debanda de correligionários em busca de novos espaços com vistas aos próximos pleitos. 

Apesar de governistas em âmbito estadual, os peemedebistas não conseguiram afinar o discurso, já que um grupo apoiou explicitamente o candidato do PT, senador Delcídio do Amaral, em detrimento de seu representante no pleito, o ex-prefeito Nelsinho Trad, que sequer passou para o segundo turno. 

O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, comandou a ala peemedebista rebelde que percorreu o Estado em busca de votos para o candidato petista. 

A disputa foi travada entre Delcídio e o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), que foi eleito governador com apoio de uma parte do PMDB, inclusive de Nelsinho Trad e as bancadas do partido na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. 

Uma demonstração de que o partido hegemônico do governador André Puccinelli poderá se esfacelar é o interesse do deputado estadual Marquinhos Trad de procurar abrigo político em outro grupo.  

Nas últimas eleições municipais e estadual, o PMDB perdeu uma hegemonia de mais de duas décadas à frente da prefeitura de Campo Grande e oito no comando do governo do Estado. 

Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira, Marquinhos manifestou o desejo de se abrigar no Rede Sustentabilidade, partido controlado por Marina Silva, candidata derrotada pelo PSB ao Palácio do Planalto. 

De olho na sucessão do prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), ele disse que aguarda a decisão da Justiça Eleitoral para avaliar se irá fazer parte do Rede e, se for o caso, disputar as eleições municipais daqui a dois anos. 

Marquinhos não vê chances de ser indicado pelo PMDB em uma eventual convenção daqui dois anos. 
"Se eu for para convenção, não tenho nenhuma chance de ser indicado pelo partido, estou aguardando o resultado do Rede, se tiver o aval da justiça, posso mudar de partido para uma sigla nova, tenho grandes chances", disse em entrevista ao Portal Campo Grande News. 

Ele queixou-se que nunca teve  espaço no PMDB pelo fato de as vezes votar contra o governo de André Puccinelli, com quem sua relação não é muita estreita, na Assembleia Legislativa. 

Outro que demonstra descontentamento nos quadros da legenda é o deputado federal Fábio Trad, que não conseguiu se eleger. 

Justamente por causa disso, ele acusou integrantes do partido de traição pelo fato de terem trabalhado para eleger a ex-secretária de Produção, Tereza Cristina (PSB), deputada federal. 

Fábio alega que os traidores se estenderam também à disputa pelo comando do Estado, na qual muitos deram apoio a Delcídio no primeiro turno e, sequer, continuaram ao lado do petista na segunda fase do pleito ao verem que já não havia chance de vitória.

Também clã da família Trad, o próprio Nelsinho pode pedir abrigo no PSB do prefeito de Dourados, Murilo Zauith, depois de sua fraca votação no primeiro turno das eleições, quando recebeu apenas 
16,42% dos votos. 
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