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Agroconsult vê consumo forte e alta de 2% na produção de carne no Brasil

24/04/2014 - 10h06

Agência Reuters

Alta de 2% na produção de carne bovina (Foto: Chico Ribeiro)
A produção de carne bovina no Brasil deve crescer até 2 por cento em 2014, para 10,5 milhões de toneladas equivalente carcaça, guiada por um forte crescimento do consumo no mercado externo e vendas internas sustentadas, estimou nesta quarta-feira o analista para divisão de agropecuária da Agroconsult.

Mas mesmo diante do crescimento esperado na oferta, os preços do boi gordo e da carne bovina devem seguir sustentados, uma vez que o potencial de expansão da demanda é ainda maior.

"O aumento de produção não deve ser suficiente para impactar os preços elevados, uma vez que o consumo seguirá sustentado", disse Maurício Nogueira, da Agroconsult, durante a apresentação do Rally da Pecuária, expedição que percorrerá os principais Estados produtores para levantar dados sobre o setor.

Na estimativa da consultoria, os preços do boi gordo devem manter-se em alta de 12 a 16 por cento em 2014 ante o ano passado, impulsionados pela expectativa de crescimento forte do consumo. E valor da carne bovina tende a acompanhar essa valorização, mas em percentual menor, disse Nogueira.

Os preços da arroba bovina atingiram valores nominais recordes no começo deste ano em meio à oferta mais limitada de animais para abate, por conta da seca que afetou as pastagens. E apesar de terem cedido, ainda seguem em patamares elevados.

O indicador de preço Cepea/Esalq, base São Paulo, que chegou a superar 130 reais no final de março, fechou a quarta-feira a 124,41 reais por arroba.

O sócio-diretor da Agroconsult André Pessôa acredita que o crescimento da produção reflete um incremento dos investimentos em tecnologia.

"Desde 2012, durante o primeiro Rally, percebemos que a pecuária, do ponto de vista de tecnologia, está avançando mais rápido do que o senso comum acredita", disse Pessôa.

Consumo forte

A Agroconsult acredita que se as vendas para o exterior crescerem muito, elevando os preços no mercado interno, o consumo doméstico de carne bovina poderá ser afetado, recuando cerca de 1kg para 41 kg per capita ao ano, volume equivalente carcaça.

Segundo Nogueira, no entanto, isso vai depender do custo do frango. "Se o preço do frango ficar elevado, o consumo de carne bovina não deve mudar muito. O que veremos é uma competição entre as carnes no mercado interno", acrescentou.

A Abiec (associação que reúne a indústria de carne bovina) estima que o Brasil, maior exportador global do produto, fechará o ano com exportações recordes em volume e receita, devido ao crescimento da demanda externa e à abertura de novos mercados.
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