A redução da desigualdade de renda no Brasil parou desde 2011, revela a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quinta-feira, 18 de setembro, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Isso ocorreu porque o rendimento médio mensal real cresceu, mas apenas entre os mais ricos. O que mantém a desigualdade.
O rendimento de todos os trabalhos ficou em R$ 1.681 – média 5,7 maior em comparação a 2012, que foi de R$ 1.590.
A desigualdade só continuaria a diminuir se os mais pobres passassem a ter aumentos superiores aos mais ricos. De 2005 a 2012 um processo de redução da desigualdade de renda foi iniciado. Mas, há dois anos, este cenário mudou e os ricos voltaram a ter aumentos superiores.
A conta é simples: em 2013, o rendimento médio real dos 10% mais pobres ficou em R$ 235 - 3,5% maior do que o verificado em 2012.
No entanto, a classe dos 10% de rendimentos mais elevados tiveram aumento de renda de 6,4% acima da taxa para o total dos trabalhadores.
Valorização da mão de obra
Uma explicação seria o aumento de salários para aqueles que possuam qualificação. A falta de profissionais qualificados fazem as empresas paguem mais para os bons profissionais, aponta o Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade).