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CBF bate recorde e notifica 35 empresas por anúncios piratas com seleção

24/04/2014 - 11h03

ESPN

Thiago Silva levanta o trofeu de campeão da Copa das Confederações, no Maracanã (Foto: Divulgação)
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nunca faturou tanto em ano de Copa: a entidade alcançou a marca de R$ 324,5 milhões com 14 patrocínios em 2014, praticamente o dobro em relação ao Mundial da África do Sul e recebendo 67% a mais. 

O seu departamento jurídico, por outro lado, trabalha como nunca e bateu o recorde de notificações a empresas pelo suposto uso indevido da imagem da seleção. Ao todo, foram 35 ocorrências desde 2013.

O número foi confirmado à reportagem pelo advogado Gustavo Piva, do escritório Dannemann Siemsen, que presta serviço para a entidade.

A cifra maior de casos passa pela realização do evento no país e envolve uma negociação extrajudicial que, em caso de não acordo, pode gerar até mesmo uma multa de R$ 500 mil para as empresas que se negarem a tirar suas campanhas publicitárias do ar.

Até aqui, a CBF obteve sucesso na briga contra o marketing de emboscada e analisa atualmente a situação da companhia aérea TAM, que colocou no ar um comercial com os jogadores Thiago Silva, David Luiz e Marcelo dizendo que irá "trazer os nossos craques para casa". 

Em nenhum momento, ela faz menção, no entanto, aos termos "seleção brasileira" e "Copa do Mundo". Uma fonte da empresa argumentou que a relação final dos convocados ainda não foi anunciada.

A lista está prevista para ser divulgada pelo técnico Luiz Felipe Scolari no próximo dia 7 de maio.

Enquanto a CBF não se posiciona, a Gol, transportadora oficial da seleção e que assumiu uma das cotas de patrocínio ao custo de R$ 17 milhões no ano passado, prestou queixa no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) para que a concorrente retire a campanha do ar. O pedido de liminar foi negado e o julgamento acontecerá no mês que vem.

A Azul é outra que pode entrar na mira da patrocinadora do Brasil após pintar parte de sua frota com as cores da bandeira nacional, repetindo, assim, a estratégia da Gol durante a última Copa das Confederações.

"Estamos acentuando esse trabalho desse o ano passado. As denúncias são feitas basicamente de duas formas: após diagnosticarmos uma situação através do monitoramento que fazemos da mídia, com um clipping do que é veiculado diariamente, ou por meio de aviso de nossos parceiros e a gente notifica", explica o advogado Gustavo Piva ao ESPN.com.br.

A expectativa da CBF é de que o surgimento dos anúncios piratas se intensifique ainda mais até a Copa. Entre os casos que mais repercutiram no período, estão a reclamação da Volkswagen contra a ‘hexagarantia' da Hyundai em caso de título da seleção no Mundial e o lançamento pela Adidas da camisa amarela de clubes como o Palmeiras que deixou insatisfeita a Nike, a única a estampar a sua marca no uniforme brasileiro.
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