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Massa diz que "não tem de mudar nada em si" para melhorar seus resultados

21/08/2014 - 17h07

UOL

Piloto da Williams, Felipe Massa (Foto: Divulgação)
Na entrevista à imprensa brasileira, nesta quinta-feira no Circuito Spa-Francorchamps, o UOL Esporte perguntou a Felipe Massa o que deve mudar em si para ter uma segunda metade de temporada melhor que a primeira.

O companheiro de Williams-Mercedes, Valtteri Bottas, somou nas 11 etapas já disputadas 95 pontos enquanto ele, 40. Massa respondeu sem hesitar: "Em mim nada. Para falar a verdade, eu sempre fui competitivo em todas as corridas até agora, isso é o mais importante pensando do lado do piloto".

O piloto estendeu a resposta: "O que aconteceu na maioria das corridas foram coisas difíceis de não ter acontecido. De mim nada, espero ter uma segunda parte bem diferente da primeira, onde essas coisas não aconteçam e eu continue competitivo como fui até agora".

E finalizou: "Sei correr como sempre soube e confio naquilo que posso fazer para estar sempre chegando e completando as corridas, isso é o mais importante".

O período de reflexão permitido pelas férias da F1 levou Massa concluir, de acordo com sua declaração, que não deve mudar seu comportamento como piloto daqui para a frente, este ano. Ele acabou se envolvendo em alguns acidentes controversos, em parte responsáveis pela diferença grande de produção em comparação a Bottas.

O GP da Bélgica é o 12.º do calendário. Os primeiros treinos livres começam amanhã, às 5 horas, horário de Brasília. Restarão depois mais sete provas para o encerramento do campeonato.

Massa chegou animado na pista favorita da maioria dos pilotos, este ano mais desafiadora, ainda, por causa da perda de aderência dos carros, resultado da redução de pressão aerodinâmica e os pneus mais duros da Pirelli. "Esse circuito tem alguns pontos que podem ajudar o nosso carro, como as retas longas. Mas no setor 2 (o mais sinuoso) devemos sofrer um pouco. Mas não só Spa como a próxima, Monza, são pistas onde podemos conseguir excelentes resultados."

O piloto procurou, também, reduzir a expectativa quanto a uma possível vitória da Williams, a primeira do ano. Bottas foi segundo na Inglaterra e na Alemanha. "Será muito difícil chegar na frente da Mercedes. Esse é um circuito de motor. Eles têm um grande motor (Mercedes também) e um carro ótimo, mas temos de acreditar que alguma coisa sempre pode acontecer e podemos acabar na frente deles."

Ser o segundo carro mais rápido do fim de semana, atrás apenas da Mercedes, do líder do campeonato, Nico Rosberg, com 202 pontos, e o vice, Lewis Hamilton, 191, será já um ótimo handcap, explicou Massa. "Seria uma oportunidade de marcar muitos pontos. A Red Bull pode ser competitiva aqui, eles têm um carro bom de aerodinâmica, apesar de sofrer um pouco nas retas, como a Ferrari."

Sua luta não é com a Mercedes, mas com a Ferrari e a Red Bull. A meta da Williams é terminar o Mundial de Construtores em segundo. Mas está ainda em quarto, com 135 pontos, diante de 142 da Ferrari e 219 da Red Bull. A Mercedes lidera com folga, 393. "As diferenças não são grandes, qualquer detalhe fará diferença (nessa disputa)."

O anúncio da Red Bull, segunda-feira, de que o holandês Max Verstappen, hoje com 16 anos, será o substituto do francês Jean Eric Vergne na Toro Rosso-Renault, em 2015, repercute ainda na F1. Massa comentou: "Nunca o vi correr, mas sempre ouvi falar muito bem dele."

O filho de Jos Verstappen, piloto da F1 entre 1994 e 2003, recebeu o apoio de Massa. "Ele ganhou todos os campeonatos que disputou no kart, foi direto para a Fórmula 3, este ano, teve uns problemas no começo, mas depois ganhou sete, oito corridas, vem impressionando a todos."

Na sua estreia na F1, no ano que vem, no GP da Austrália, Max terá 17 anos, o estreante mais jovem da história. "Sem dúvida é muito cedo para começar, mas está tendo a sua oportunidade e tem de aproveitar. Se um piloto mostra um talento tão alto assim, é difícil não se adaptar e não mostrar o mesmo talento na F1." Massa lembrou que terá dois anos para demonstrar o que sabe na Toro Rosso, conforme os seus antecessores.

O lado positivo dessa chance que a Red Bull lhe está oferecendo é o fato de ter sido escolhido pelo seu talento e não por levar dinheiro dos patrocinadores. "É bom não esquecer, também, que a Red Bull vive de marketing. Ele será o piloto mais jovem a correr na F1, é um marketing importante. A Red Bull achou pilotos como Vettel, Ricciardo e viu que esse é o caminho para descobrir outros talentos."

Conduzir os atuais carros de F1 é mais fácil que no passado, disse. "Fisicamente, então, nem se fala. E as categorias de base preparam, agora, melhor os pilotos, se comparadas com as de antigamente."

Para Massa, é preciso esperar para ver o que Max fará na F1, mas com seu talento poderá perfeitamente se dar bem, apesar da completa falta de experiência. Tudo o que Max fez até agora com carros de corrida foi disputar 27 provas do campeonato Europeu de F3, onde é vice-líder, com 325 pontos, diante de 402 do francês Steban Ocon, de 17 anos.
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