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Vice do Grêmio critica macaco Escurinho, mascote do Inter: 'nada é mais racista'

01/09/2014 - 16h09

ESPN

Mascote do Inter, macaco Escurinho foi duramente criticado por diretor do Grêmio (Foto: WESLEY SANTOS/LATINCONTENT/GETTY IMAGES)
Em meio ao episódio de racismo envolvendo o goleiro Aranha, do Santos, na Arena do Grêmio, na última quinta-feira, a diretoria gremista agora se envolveu em polêmica com um dos principais símbolos do rival Internacional.

Em entrevista à Rádio Gre-Nal, o vice-presidente do clube tricolor, Renato Moreira, criticou os colorados por terem um macaco como mascote.

"Não há nada mais racista do que ter um símbolo que é um macaco chamado Escurinho, que se trata de um grande ídolo do Internacional", disparou o cartola.

"O Inter tem que rever isso imediatamente, porque é vergonhoso você ter como símbolo um macaco que leva o nome de um grande ídolo negro do Internacional", completou.

Apesar do Inter ter o Saci-Pererê como mascote oficial, o macaco Escurinho é outro símbolo da equipe. Antes dos jogos do clube no Beira-Rio, o simpático animal faz a festa dos torcedores nas arquibancadas.

O mascote é uma homenagem ao lendário atacante Escurinho, um dos maiores ídolos da história do Internacional. Nos anos 70, ele foi decisivo em duas conquistas do Campeonato Brasileiro (1975 e 1976), além de sete taças do Campeonato Gaúcho. Também jogou no Palmeiras, no Vitória e no Coritiba, além de outras equipes menores.

Escurinho faleceu em 2011, aos 61 anos, após sofrer uma parada cardíaca.

Racismo na Arena

Na última quinta-feira, quando a torcedora gremista Patrícia Moreira foi flagrada pelas câmeras da ESPN chamando o goleiro Aranha, do Santos, de "macaco", durante partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

Após o episódio, Patrícia foi afastada de seu trabalho na Brigada Militar de Porto Alegre, e chegou até a ter sua casa apedrejada.

Neste meio-tempo, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) suspendeu o confronto de volta entre Grêmio e Santos, já que o clube gaúcho pode ser excluído da Copa do Brasil.

Na primeira partida na Arena do Grêmio após o episódio, os jogadores gremistas entraram em campo contra o Bahia com uma faixa de campanha anti-racismo. Além disso, torcedores comuns vaiaram a torcida organizada que canta música se referindo aos colorados como "macados".

Após o duelo, o técnico Luiz Felipe Scolari também chamou o episódio racista de "aberração" e pediu providências para o Governo.

O Grêmio diz ter identificado 10 torcedores racistas através das imagens da ESPN e das câmeras de segurança. Dois deles eram sócios do clube e foram excluídos do quadro, enquanto os outros oito serão proibidos de entrar novamente no estádio da equipe.
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