O 1º site político de Mato Grosso do Sul   |   19 de Abril de 2024
Publicidade

País reduz diferenças entre IDH de regiões metropolitanas

25/11/2014 - 16h09

Folha.com

Foto aérea de São Paulo (Foto: Divulgação)
O país reduziu a desigualdade do IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) entre as suas 16 regiões metropolitanas entre 2000 e 2010.

A conclusão é do Atlas do Desenvolvimento Humano, lançado nesta terça-feira (25) pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e a Fundação João Pinheiro. O Atlas leva em conta dados do Censos Demográficos de 2000 e 2010, do IBGE.

Segundo os dados, a Grande São Paulo obteve o melhor desempenho, em 2010, repetindo o posto no ranking de 2000. Na última colocação entre as regiões, está Manaus. A região metropolitana era a última colocada também em 2000.

Manaus obteve índice de 0,72 (numa escala de 0 a 1). No entanto, coube à região, o maior avanço nesse índice, em uma década, com uma melhora de 23%.

Outros índices demonstram a desigualdade na região metropolitana da cidade. A renda média dos bairros mais ricos, por exemplo, é 47 vezes maior que a de bairros mais carente.

Já o maior IDHM é da Grande São Paulo, com 0,794. A variação do índice em uma década foi de 11,2%.

Em segundo lugar, ficou o Distrito Federal e a Região do Entorno, com índice de 0,792.

Segundo os dados, as capitais das regiões metropolitanas tiveram melhora inferior de seus índices, em comparação com os municípios que as circundam.

Levando em conta índices sobre educação, renda e longevidade, o estudo avaliou as regiões metropolitanas de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Distrito Federal, Fortaleza (CE), Goiânia GO), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

O relatório é uma extensão do estudo similar divulgado em 2013 sobre o IDH dos 5.565 municípios brasileiros.

Na apresentação do relatório, o Representante-Residente do PNUD no Brasil, Jorge Chediek, destacou a redução da desigualdade. "Os avanços no Índice de Desenvolvimento Municipal dos municípios mostraram que o Brasil trilhou um caminho certo nas últimas duas décadas. 

Em 1991, o Brasil era um país de Muito Baixo Desenvolvimento Humano. Já em 2010, passou a ser de Alto Desenvolvimento Humano".

Pelos dados, nenhuma das 16 regiões metropolitanas apresentou, em 2010, áreas com IDHM classificado como muito baixo. Em 2000, segundo Chediek, "havia uma profusão de recortes urbanos nas faixas de desenvolvimento humano mais baixas".

EDUCAÇÃO, RENDA E LONGEVIDADE

Analisados individualmente, o quesito educação foi o que mais avançou em todas as regiões metropolitanas do país.

O melhor desempenho neste tema foi a região metropolitana de São Luís, com 0,737. A taxa está logo a frente da Grande São Paulo.

Já o pior desempenho é de Manaus. Por lá, nas áreas com melhor desempenho, o percentual de pessoas de 18 ou mais anos de idade com ensino fundamental completo varia de 91% a 96%; já nas áreas com o pior desempenho, a variação fica entre 21% e 37%.

No quesito renda, os extremos ficaram com o DF e o Entorno (0,826), na melhor posição, e Fortaleza (0,716), em último lugar.

A região metropolitana de São Luís obteve um crescimento de 58,3% nesta dimensão, enquanto em São Paulo, houve crescimento de 22,9%.

Já quanto à longevidade, em 2010, o melhor índice ficou com o Distrito Federal e a Região do entorno, com 0,857. São Luís teve o pior índice, 0,809.

O estudo ressalta também a redução da disparidade entre a esperança de vida ao nascer das melhores e piores regiões metropolitanas. Em 2000, essa diferença era de 4,82 anos. Isso foi reduzido para 2,9 anos, em 2010.
Leia Também
Comente esta notícia
0 comentários
Mais em Geral
Colunistas
Ampla Visão
Copyright © 2004 - 2015
Todos os direitos reservados
Conjuntura Online