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Travesti teria sido espancada após morder orelha de policial

15/04/2015 - 07h11

Terra

Imagem que circula na internet mostra pessoa espancada que seria Veronica (Foto: Terra)
O caso de uma travesti que teria sido espancada por policiais após ser presa na Bela Vista, região central de São Paulo, gerou revolta nas redes sociais e fez internautas criarem a comunidade Somos Todas Veronica no Facebook, e hashtag de mesmo nome, em apoio a ela, Veronica. 

Uma foto que circula pelo Facebook mostra uma pessoa, que seria Veronica, algemada, apenas de calça, com o cabelo raspado e o rosto desfigurado de ferimentos, cercada por policiais.

A prisão dela havia sido noticiada pois Veronica teria mordido a orelha de um policial quando era transferida de cela no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro. De acordo com a polícia, ela é suspeita de ter agredido uma vizinha idosa que foi ao seu apartamento reclamar do barulho.

A imagem da pessoas agredida fez a página no Facebook Travesti Reflexiva, que trata do universo LGBT, escrever um texto sobre o caso: "O que foi que ela fez?" não é a pergunta que precede qualquer possibilidade de comoção? Repetem, com esse questionamento, a conhecida ideia de que toda travesti, ou transexual, inserida em algum conflito é, de certa forma, responsável pelo mesmo. A violência que ela sofreu sendo, novamente, relativizada pela busca da justificativa para a agressão experimentada. Uma demanda por empatia é inexistente quando nos deparamos com uma experiência trans, mas nenhum hematoma é passível de argumentação", diz trecho da publicação.

A presidente do Conselho Estadual LGBT de São Paulo, Agatha Lima, informou, em seu Facebook, que após uma reunião entre o Conselho Estadual LGBT Paulista, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o Ministério Público e Defensoria Pública e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), esta ira instaurar sindicância para apurar o caso.

A CPLGBT (Coordenação de Políticas LGBT) da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da prefeitura de São Paulo informou que seus advogados estão acompanhando o caso " afim de garantir todos os seus direitos quanto cidadã e respeito a sua identidade de gênero". Afirmaram ainda que entraram em contato com a mãe de Veronica "onde agendamos um atendimento para pactuar e oferecer apoio e suporte técnico nos próximos encaminhamentos".
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