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Bernal vira alvo de representações por usar espaço irregular no horário de TV

21/08/2014 - 16h57

Bernal e Evander Vendramini (Foto: Divulgação )
Willams Araújo

O fato de o presidente regional do PP e candidato ao Senado, Alcides Bernal, se aproveitar estrategicamente de mais espaço no horário eleitoral de rádio e televisão está intrigando os adversários. 

Prefeito cassado de Campo Grande, Bernal virou alvo de representações na Justiça Eleitoral por usar, além das aparições a que tem direito, o espaço reservado aos candidatos a deputado estadual e federal de seu partido. 

Na prática, a estratégia do ex-prefeito é aparecer na propaganda como entrevistador dos candidatos progressistas, uma vez que ele é radialista e também tinha programa de televisão.  

Na quarta-feira (20), Bernal apareceu entrevistando o candidato a governador pelo PP, Evander Vendramini, e desde que o horário eleitoral teve início no último dia 19 ele não parou mais de ser o centro das atenções. 

Sentindo-se em desvantagem, a coligação MS Cada Vez Melhor, liderada pelo candidato do PMDB, Nelsinho Trad, entrou com representações no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), na tentativa de tirar o rival do ar. 

O excesso de exposição do progressista  é contestado pelo advogado da coligação Ary Raghiant Neto, que requereu a perda do tempo do PP no horário eleitoral de rádio e televisão. 

“O Bernal alega que é mero apresentador e locutor, mas ele é candidato e o que aparece é a sua imagem e não apenas sua voz”, sustentou o advogado, em entrevista ao Portal Campo Grande News. 

O argumento do comando da campanha do candidato ao Senado pelo PP é que ele aparece nos programas na condição de presidente regional e como apresentador no espaço reservado aos candidatos do partido. 

IMPUGNAÇÃO 

Apesar de estar em plena campanha ao Senado, Bernal ainda aguarda julgamento de recurso pelo  TSE (Tribunal Superior Eleitoral), uma vez que o TRE-MS  (Tribunal Regional Eleitoral) rejeitou o registro da candidatura, em sessão ocorrida no último dia 30 de julho. 

O advogado do ex-prefeito, Wilton Edgar Sá e Silva Acosta, chegou a requerer que o julgamento fosse adiado para apresentar novas provas ao Tribunal. No entanto, o pedido foi negado.

O registro da candidatura de Bernal foi alvo de três pedidos de impugnação, da PRE (Procuradoria Regional Eleitoral), do PHS e de Joel Almeida da Silva (PTN). 

Apenas o pedido do PHS não foi reconhecido pela Corte porque o partido pertence a uma coligação e não poderia pedir a impugnação sozinho como o fez. 

A Procuradoria considerou que Bernal foi cassado pela Câmara de Vereadores. Além disso, foi mencionado que ele feriu a regra da desincompatibilização ao reassumir a prefeitura, mesmo que por algumas horas, no dia 15 de maio. 

Por regra, para concorrer ao cargo de senador ele teria que estar afastado da prefeitura seis meses antes das eleições.



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