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Putin pede aos europeus "senso comum" ante ameaça de mais sanções

01/09/2014 - 13h42

UOL

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta segunda-feira (1º) à UE (União Europeia) que tenha "senso comum" e evite uma espiral de sanções mútuas, em sua primeira reação à ameaça de novas medidas punitivas pela crise na Ucrânia.

"Espero que prevaleça o senso comum, que trabalhemos juntos normalmente e que nós e nossos sócios não nos prejudiquemos com os ataques respectivos", declarou Putin.

A União Europeia deu no fim de semana um ultimato para que Moscou reverta suas ações na Ucrânia dentro de uma semana sob pena de enfrentar novas sanções.

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, disse que o bloco estava trabalhando com urgência em novas medidas contra a Rússia, mas não detalhou quais áreas seriam atingidas pelas restrições adicionais. "Todos estão conscientes que temos que agir rapidamente", disse ele, após reunião do bloco europeu em Bruxelas. As propostas deverão estar prontas em uma semana.

A medida foi apoiada pelos Estados Unidos.

A UE e os EUA já impuseram congelamentos de bens e restrições de viagens a várias autoridades russas e líderes separatistas no leste da Ucrânia. As sanções ocidentais também atingem empréstimos a bancos estatais russos e bloqueiam exportações de tecnologia na área da defesa e de produtos derivados do petróleo à Rússia.

Putin repudiou as ameaças da UE, acusando o bloco de "apoiar um golpe de Estado" na Ucrânia, e pediu conversas para discutir a "soberania" para o leste da Ucrânia.

Segundo ele, a questão de soberania precisa ser discutida para garantir que os interesses da população local "sejam definitivamente apoiados". "A Rússia não pode ficar de fora quando pessoas estão sendo alvejadas quase à queima roupa", disse.

O Ocidente alega que tropas russas invadiram o território ucraniano para dar apoio e armamento a separatistas que atuam no país. Moscou nega estar ajudando os rebeldes, e acusa forças ucranianas de usarem força e atingirem civis deliberadamente.

Cerca de 2.600 pessoas já morreram no conflito, iniciado em abril após a anexação pela Rússia da península da Crimeia, no sul da Ucrânia, em março. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse que seu país estava "perto de um ponto sem volta - uma guerra total" com a Rússia.

Nesta segunda-feira (1º), militares da Ucrânia disseram que suas forças estavam combatendo um batalhão de tanques russos pelo controle de um importante aeroporto no leste do país, e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, acusou Moscou de uma "agressão direta e aberta" contra seu país.

A guarda costeira ucraniana, enquanto isso, buscava dois marinheiros desaparecidos após um dos barcos de patrulha ter naufragado no mar de Azov devido ao fogo de artilharia de separatistas pró-Rússia. Oito marinheiros sobreviveram ao ataque de domingo e estavam recebendo tratamento para seus ferimentos, disse um representante da guarda costeira.

Centenas de forças ucranianas estão destacadas perto de Ilovaysk, a leste da principal cidade da região, Donetsk, e têm tentado há vários dias quebrar um cerco feito por separatistas apoiados pela Rússia.
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