O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, informou nesta sexta-feira que o atacante Paolo Guerrero não deverá ter seu contrato renovado. O dirigente ressaltou que a situação financeira que o clube atravessa não permite aceitar os valores pedidos pelo representante do peruano.
O contrato de Guererro vence em 15 de julho.
"Voltando ao Guerrero, gostaria muito de poder fazer, mas a situação que se encontra hoje... economia, receitas menores que temos tendo. Não temos como assumir compromisso com Guerrero. Sabemos do potencial dele. Para o Corinthians é exagerado, mas para o futebol não é. Não vamos fazer por questão financeira. Conversamos muito ao longo desses tempos, meses. Converso com Bruno [agente do atleta] mais que uma vez ao dia e ao longo da semana. Tentamos de todas as formas, entendo lado do atleta com 31 anos", declarou Andrade, em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava.
O Corinthians abriu negociação no início do ano com o estafe de Guerrero. Foram diversas tentativas para um acordo, mas sempre sem sucesso.
Para estender o vínculo, os representantes do jogador pedem R$ 18 milhões em luvas (bonificação pelo acerto), além de salários de R$ 500 mil. Guerrero ganha pouco mais de R$ 300 mil. O Corinthians teria oferecido R$ 10 milhões em luvas, de forma parcelada.
"Acho um pouco difícil porque o que eles podiam fazer em termos de números, foi feito. Agradecer ao Bruno [agente do jogador] e ao Guerrero que fizeram todos esforços possíveis. Não vou afirmar porque é difícil de pensar com a cabeça dos outros, mas o contrato vai até o meio de julho e ele é atleta do Corinthians, mas acho muito difícil que ele mude os números para que a gente consiga fazer".
O longo impasse de Guerrero e Corinthians rendeu críticas do superintendente do clube, Andrés Sanchez. Indagado sobre a pedida de Guerrero, o dirigente avisou que pelo valor proposto ele teria livre caminho para times rivais.
"Que vá para o Palmeiras, Flamengo, São Paulo, ou qualquer outro clube", disse Andrés, em entrevista à TV Gazeta.