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Oferta de cana-de-açúcar reduzirá na próxima safra, estima Unica

23/04/2014 - 16h58

Agência Brasil

União da Indústria da Cana-de-Açúcar estima queda na safra 2014/2015 (Foto: Divulgação)
A projeção para a safra 2014/2015 de cana-de-açúcar divulgada pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) aponta para queda de 16,94 milhões de toneladas na moagem, em relação à safra anterior. 

A entidade estima que, no total, a oferta será 580 milhões de toneladas.

A presidenta da Unica, Elizabeth Farina, avalia que o setor enfrenta uma crise financeira profunda e contínua. "Há uma angústia em relação ao futuro e ao papel que (o setor) acha que vai desempenhar", disse. A presidenta destacou as ínúmeras demissões ocorridas nas usinas, como consequência dessa crise.

Quanto à redução na expectativa de moagem,  a queda na produtividade agrícola nos canaviais brasileiros vai ser ocasionada pelo longo período de estiagem sofrido no final do ano passado e início deste ano. 

Apesar disso, a Única constatou crescimento de 5% na área disponível para a colheita. A expansão reflete a menor renovação do canavial e do significativo volume de cana não processada durante a safra anterior, a chamada cana bisada.

O rendimento da área a ser colhida na safra 2014/2015 poderá sofrer queda de 8% na comparação com a safra anterior, que somou 79,8 toneladas por hectare. O volume de cana-de-açúcar processada na safra 2014/2015 deverá ser 2,84% menor que o da safra anterior.

Do total de cana-de-açúcar a ser processada, a projeção é que 56,44% sejam destinadas à produção de etanol, um aumento de 1,66 ponto percentual em relação à safra anterior. 

Já a produção de açúcar deve ficar 5,23% menor. Para o diretor da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, isso está relacionado às condições econômicas das usinas. "É fruto da condição financeira das empresas que precisam de receita", disse ele.

Segundo Rodrigues, muitas dessas empresas já abandonaram o mercado de açúcar por diversos fatores. Uma delas é o fato de o etanol remunerar entre 10 e 15% mais que o açúcar. "O mercado de etanol tem muito mais liquidez, é fácil encontrar compradores", destacou.

Elizabeth defendeu uma mudança na lei que estabelece que a mistura de etanol na gasolina deve ficar entre 18% e 25%. Para ela, um incremento maior de etanol na mistura poderia proporcionar benefícios ao consumidor, como redução de preços e diminução na emissão de poluentes no meio ambiente. 

A mudança geraria também uma queda na necessidade de importação de gasolina. "São vários elementos muito positivos", declarou.
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