Aéreas já venderam 12% dos bilhetes para voos durante a Copa, diz SAC

As empresas aéreas brasileiras colocaram à venda 11,5 milhões de bilhetes para voos durante a Copa, envolvendo os 16 aeroportos que operam nas cidades-sede de jogos, informou nesta terça-feira (15) a SAC (Secretaria de Aviação Civil). Desse total, 12% já foram vendidos.

De acordo com a SAC, as 11,5 milhões de passagens são para o período que vai de 6 de junho a 16 de julho. Essa movimentação de passageiros, se confirmada, vai representar aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os números foram divulgados durante a apresentação do Plano de Operação do Setor da Aviação Civil para a Copa do Mundo, nesta terça-feira, em Brasília. 

O plano prevê um esquema especial de funcionamento para 90 aeroportos do país que vão atender ao movimento de passageiros para os jogos da competição.

A SAC informou que foram selecionados, dentro do plano, 29 desses aeroportos, que são considerados prioritários. 

Tratam-se de aeroportos que funcionam nas cidades-sede dos jogos, além daqueles que ficam a uma distância de até 200 quilômetros delas.

Entre 6 de junho e 20 de julho, segundo a SAC, esses 29 terminais estarão coordenados, o que significa que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e o CGNA (Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea), órgão da Força Aérea, vão distribuir as permissões de pouso e decolagem para evitar congestionamentos. 

“A coordenação não afetará os horários dos voos comerciais regulares. Mas a chamada aviação geral (aviões executivos) terá suas operações condicionadas à disponibilidade de horário e espaço para pouso”, informou a SAC.

Estacionamento para aviões

De acordo com a Secretaria de Aviação Civil, haverá durante a Copa uma operação especial para abrigar os aviões que ficarão estacionados durante o evento. Nesses 90 aeroportos que fazem parte do plano, serão disponibilizadas 2.970 vagas.

A concessão de horários para pouso e decolagem nesses aeroportos para a aviação geral será feita a partir de 15 de maio. 

Segundo a SAC, foram fixadas regras rígidas para o uso desses horários e das vagas de estacionamento e, caso haja desobediência, estão previstas punições que vão do reboque da aeronave até a cassação das licenças do avião e do piloto.

Áreas de segurança

O governo também vai restringir o espaço aéreo nacional durante a Copa. Além de priorizar a aviação comercial, a medida visa elevar a segurança durante a competição. Essa medida prevê a criação de três áreas de exclusão a partir da localização dos estádios: reservada, restrita e proibida.

Na reservada, será permitido todo o tipo de aviação. Na restrita, que vai funcionar num raio de 12,6 quilômetros dos estádios, será permitida a aviação comercial. Já a área proibida (7,2 quilômetros dos estádios), apenas aeronaves envolvidas com a Copa e previamente autorizadas vão poder sobrevoar.

O plano da SAC também prevê um reforço de 209% no número de funcionários que vão atuar nos aeroportos durante o período da Copa, entre eles da Polícia Federal, Receita Federal e da Anac.

Fun Zone

A SAC também informou que serão montados nos aeroportos os “Fun Zone”, espaços que vão acomodar os passageiros que aguardam voos e evitar aglomeração nos terminais. Esses locais vão contar com ar-condicionado, wi-fi, restaurante, televisão e sofás.

Outra medida prevista no plano é o mapeamento de onde cada seleção vai se instalar durante a Copa. Segundo a SAC, as seleções, as autoridades e os representantes da organização da Copa vão percorrer áreas restritas, separadas do restante do público.