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Japão engrossa, mas Brasil vira sem estrelas e vence a 1ª no Grand Prix

03/07/2015 - 11h00

UOL

Sem estrelas como Jaque e Thaisa, Dani Lins (f) é a principal jogadora do Brasil no GP (Foto: Divulgação/FIVB)
Enfrentar o Japão sempre dá trabalho ao Brasil no vôlei feminino, e nesta sexta-feira não foi diferente. Na estreia das duas equipes no Grand Prix 2015, na Tailândia, as asiáticas engrossaram o jogo para as comandadas do técnico José Roberto Guimarães, venceram o primeiro set e quase arrastaram a partida para o tie-break. 

Ainda assim, e mesmo sem suas principais estrelas, a seleção brasileira conseguiu uma virada, venceu por 3 sets a 1 (21-25, 25-21, 25-17 e 27-25) e obteve os três primeiros pontos na competição.

Sem contar com Sheilla, Fabiana e Jaqueline, dispensadas pelo técnico para poderem descansar neste início de temporada, nem com Thaisa, que se recupera de cirurgias nos dois joelhos, o time verde-amarelo tem no Grand Prix um time com rostos novos ou pouco assíduos na seleção e poucas titulares dos últimos anos. 

Poupando Adenizia e Natalia, que ficaram no banco, Zé Roberto mandou para o jogo a seguinte escalação: Dani Lins e Joycinha; Bárbara e Juciely; Gabi e Fernanda Garay; e Camila Brait. Carol, Macris e Monique entraram.

O Brasil volta a jogar neste sábado, às 4h da manhã, contra a Sérvia.

Fases do jogo

A falta de entrosamento e a insegurança do primeiro jogo oficial internacional da temporada pesaram contra o Brasil no primeiro set. Apesar do bom rendimento de Joycinha, pela saída, e de Gabi, pela entrada de rede, a virada de bola brasileira teve um aproveitamento ruim, fruto de dificuldades na recepção, alguns desencontros da levantadora Dani Lins com as atacantes e decisões erradas nas definições. 

Mesmo com um bloqueio bem postado, que rendeu cinco pontos na primeira etapa, a seleção verde-amarela não teve controle e viu o Japão comandar as ações liderado pela ponteira Saori, uma das melhores jogadoras do mundo. As asiáticas estiveram à frente do placar desde o primeiro tempo técnico (8-7), e apesar de uma virada brasileira na segunda parada, retomaram a dianteira, abriram vantagem e fecharam com 25-21.
 
O início do segundo set foi tomado pelo equilíbrio e por uma visível evolução do time brasileiro em quadra, sobretudo no saque (com direito a dois aces) e na recepção. As comandadas de Zé Roberto conseguiram subir o volume de jogo, algo natural para as seleções asiáticas, e a partida ficou mais disputada. As brasileiras chegaram aos dois tempos técnicos com vantagem no placar (8-6 e 16-12), e logo após a segunda parada técnica, conseguiram a maior distância do jogo: cinco pontos (19-14). 

As japonesas, porém, não se entregaram. Aproveitando a instabilidade do ataque brasileiro, não só derrubaram a desvantagem como empataram o placar: 20-20. Zé Roberto mexeu no time e promoveu a entrada da central Carol no lugar de Bárbara. A mudança deu certo. No final do set, a jovem meio de rede do Rexona foi para o saque e fez a diferença, com um ace e um serviço que desmontou o ataque japonês. No final, o Brasil fez 25-21 e deixou tudo igual na partida.
 
A entrada de Carol não só deu gás para o Brasil se recuperar no fim do segundo set como fez toda a diferença desde o início da terceira parcial. Mantida entre as titulares, ela rapidamente se tornou referência para o time, não só na pontuação como na vibração. 

De quebra, quem também subiu de produção foi a ponteira Fernanda Garay, que virou a bola de segurança da equipe. Ao mesmo tempo, o ritmo de jogo das japonesas teve uma queda nítida de rendimento, com Saori mais marcada pelo bloqueio brasileiro. No set mais fácil do jogo, mesmo com uma ligeira evolução do Japão na reta final, o Brasil fechou com 25-17 e virou a partida.
 
O embalo que o Brasil levou do segundo para o terceiro set não se repetiu na quarta parcial. O time voltou a falhar na recepção e nas trocas de bola e ainda viu o Japão voltar a forçar o saque. Joycinha estacionou nos ataques, e com a desvantagem no primeiro tempo técnico, Zé Roberto promoveu a entrada de Monique na saída de rede. 

Mais uma vez uma substituição do técnico surtiu efeito. Embora o Japão tenha continuado na frente até o segundo tempo técnico (16-14), a seleção brasileira, empurrada por sua nova oposta e por Fê Garay, igualou o placar, conseguiu a virada e disparou (23-17). O Japão, porém, não se entregou e voltou a empatar com seis pontos seguidos. Joycinha voltou ao jogo, e finalmente o Brasil fechou com 27-25, sacramentando sua primeira vitória no Grand Prix 2015.
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