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Sauber retoma azul e amarelo em 'carro brasileiro' de Nasr na F1

A Sauber apresentou nesta sexta-feira (30) o C34, carro 'brasileiro' com o qual vai disputar a temporada 2015 do Mundial de F1. Modelo é azul e amarelo, referência ao Banco do Brasil, patrocinador de

30/01/2015 - 09h15

Grande Prêmio

Novo carro da Sauber agora pilotado por Felipe Nasr (Foto: C34 (Foto: Sauber))
 De azul e amarelo, a Sauber chega em 2015 ainda na pindaíba, mas lutando com toda a sua dignidade para tentar se recuperar do pior ano de sua história na F1. Com esta finalidade, a equipe suíça apresentou nesta sexta-feira (30) o C34, carro com o qual disputará o Mundial deste ano.
 
Na carenagem, predominam cores que fazem referência ao Banco do Brasil, patrocinador levado ao time por Felipe Nasr. Um 'carro brasileiro'. De todo modo, usar azul e amarelo não chega a ser nada estranho para a Sauber, que por anos teve carros predominantemente azuis na F1 — o último em 2005, antes da fusão com a BMW.

Nasr, novato na categoria após três anos de GP2, contará com a companhia do sueco Marcus Ericsson, que defendeu a Caterham no ano passado. No mais, sobram espaços para potenciais interessados em investir no time.

A divulgação das primeiras imagens do bólido foi feita pela internet, com um comunicado divulgado pelo time. 

E de acordo com o designer-chefe Eric Gandelin, o foco ficou sobre três áreas no desenvolvimento do C34: a performance nas curvas de baixa, redução do peso e estabilidade nas frenagens — alguns dos principais pontos fracos do antecessor, o C33. "Pudemos adquirir muita experiência durante a temporada 2014, agora podemos incorporá-la à Sauber C34", falou.

“A aerodinâmica exerceu um papel central", afirmou o comunicado da equipe. "Não foi só questão de otimizar o downforce e o arrasto, mas também melhorar o equilíbrio do carro e o comportamento nas curvas de baixa. 

A grande diferença visual para o C33 é vista pelo bico. Este é assim por causa das mudanças no regulamento, o que impacta a aerodinâmica do carro todo. Da mesma forma, o novo design das rodas também otimiza o fluxo de ar ao redor das rodas dianteiras."
 
A equipe também explicou que fez diversos ajustes para acomodar melhor a unidade de força V6 turbo da Ferrari, bem como seus dois sistemas híbridos. Segundo a Sauber, a montagem do motor mudou para 2015. 

Desta forma, foi preciso fazer uma série de ajustes no chassi. Ao mesmo tempo, é necessário se preocupar com o resfriamento dos elementos do motor — mais de 40 caixas eletrônicas, das quais 30 devem permanecer em baixa temperatura.
 
Apesar disso, as entradas de ar laterais são mais estreitas, mudanças que segundo o time permitiram a acomodação de estruturas laterais de segurança. Mesmo assim, os engenheiros se preocuparam em dar flexibilidade ao sistema de resfriamento, com a intenção de manipulá-lo mais facilmente dependendo das características de um circuito ou da temperatura ambiente.
 
O relatório com as especificações técnicas do carro diz que o peso do C34, com o piloto incluso, é de 702 kg — era 691 kg em 2014, mas a Sauber passava e muito desta marca.
 
A equipe ainda informou que começará os testes em Jerez, a partir deste domingo, utilizando algumas peças do C33 que serão gradualmente substituídas por peças novas. “Vamos aproveitar o tempo até Melbourne para chegarmos lá o mais competitivos que pudermos”, disse Gandelin. O GRANDE PRÊMIO sabe que, durante as quatro primeiras etapas, a Sauber usará a mesma asa dianteira do ano passado, 'disfarçada'. Uma nova só chega a partir do GP da Espanha.

Em 2014, a Sauber foi muito mal. Além de contar com um motor Ferrari que deixou a desejar, o carro havia nascido com problemas fundamentais em seu desenho. Era pesado demais e ainda tinha uma frente que prejudicava muito o desempenho. 

Assim, pela primeira vez na história, fechou a temporada sem marcar pontos. Adrian Sutil e Esteban Gutiérrez, ambos dispensados ao final do campeonato, jamais fecharam no top-10 — sequer flertaram com a possibilidade. E o resultado foi que a Marussia, mesmo com três corridas a menos, ficou à frente no Mundial de Construtores.
 
Só mesmo com um novo projeto para dar a volta por cima. Acontece que o inverno foi tumultuado, com a falta de dinheiro e de materiais obrigando o time a até interromper a construção do carro. Nos últimos dias, os funcionários trabalharem ininterruptamente para aprontar tudo a tempo da viagem para Jerez para a primeira bateria de treinos coletivos da pré-temporada.
 
A esperança é a última que morre.
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