O 1º site político de Mato Grosso do Sul   |   19 de Abril de 2024
Publicidade

Crise política do país ganha forte repercussão na Assembleia Legislativa

27/03/2015 - 15h29

Onevan de Matos, vice-presidente da Assembleia (Foto: Divulgação )
Willams Araújo

A crise institucional do País, agravada ainda mais com o confronto entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto nos últimos dias, além de mudar o cenário político brasileiro, repercute nos estados, trazendo um clima de inquietação em todos os segmentos da sociedade e, por extensão com forte reflexo nas Assembleias Legislativas.

Para as lideranças políticas, a relação entre PMDB e o governo da presidente Dilma Rousseff atinge um momento crítico, logo após as denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Com o agravamento da crise entre PMDB e Planalto, o ex-presidente Lula passou a agir para tentar pacificar a relação entre o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e a presidente Dilma.

O conflito envolve ainda o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o Palácio do Planalto.

Particularmente, o vice-presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Onevan de Matos (PSDB), disse que “a verdade apareceu e ela é cruel", referindo-se aos motivos que levam a presidente e o país a atravessar uma de suas piores crises políticas.

Onevan destacou que Dilma apresentou, durante a campanha eleitoral do ano passado, um país inexistente – com economia equilibrada, perspectivas de geração de empregos e desenvolvimento econômico –, muito diferente da atual realidade.

O parlamentar relembrou as propostas apresentadas pela então candidata à reeleição, que falava sobre o suposto contorno da crise econômica brasileira sem afetar os direitos e o poder aquisitivo dos trabalhadores.

Ele explicitou, de outro modo, que tão logo tomou posse, Dilma fez exatamente aquilo que acusava a oposição de defender, como o aumento da carga tributária, o aumento da tarifa da energia elétrica e a mudança na legislação trabalhista em prejuízo aos trabalhadores brasileiros.

"A presidente foi omissa na campanha eleitoral, mostrando um cenário inexistente de progresso, que se esvaiu tão logo foi empossada para o seu segundo mandato. Este é um dos principais motivos da crise política e da insatisfação popular, que culminaram com a grande manifestação do último dia 15 de março", avalia.

Onevan citou, também, que a diferença entre o cenário de campanha – o discurso – e o cenário real está sendo preponderante para que Dilma, cada dia mais, perca o apoio político-parlamentar que recebeu em seu primeiro mandato.

"Está na hora de a presidente da República cumprir suas promessas de campanha. A insatisfação popular é extremamente grande, que vem sendo comprovada em pesquisas de opiniões públicas e que mostram a ampla reprovação de Dilma", sugeriu o tucano. 
Leia Também
Comente esta notícia
0 comentários
Mais em Política
Colunistas
Ampla Visão
Copyright © 2004 - 2015
Todos os direitos reservados
Conjuntura Online