O assassinato da indígena Marinalva Manoel, 27 anos, em Dourados, no início de novembro, levou o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) à tribuna da sessão ordinária desta terça-feira (25/11).
O parlamentar reforçou o fato de a morte não ter qualquer ligação com as disputas pela terra como apontado pelo inquérito.
Marinalva era liderança guarany-kaiwá da terra indígena Nu Porã e foi encontrada morta com diversas facadas no dia 1º de novembro na BR-163, no km 214, em Dourados.
Na época, o crime foi relacionado à questão das disputas de terras entre índios e produtores rurais já que a vítima teria participado 15 dias antes de morrer, de um protesto no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília.
Porém, conforme inquérito apresentado na tribuna pelo deputado Zé Teixeira, a hipótese é descartada. “Não há qualquer ligação com o conflito de terras. As notícias têm denegrido a imagem do Mato Grosso do Sul”, ressaltou.
No inquérito, o cacique da terra indígena Nu Porã nega que Marinalva tenha participado de protestos em Brasília e afirma que a vítima não tinha qualquer participação na luta por terras.
“Fica claro que não se trata de questão de terras, mas de perspectiva de vida para essas pessoas”, afirmou. Segundo o inquérito, o crime teria sido cometido pelo namorado da indígena que está foragido.