O dólar comercial teve a segunda alta seguida nesta sexta-feira (22), subindo 1,73%, a R$ 3,095 na venda. É o maior valor de fechamento desde 13 de abril, quando o dólar encerrou a R$ 3,125.
Com isso, o dólar encerra a semana com valorização de 3,24%. No mês, acumula ganho de 2,72% e, no ano, alta de 16,41%.
Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 1,3%.
No contexto internacional, o dólar foi influenciado por declarações da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen. Ela disse que o banco central dos EUA caminha para subir os juros no país ainda neste ano.
Segundo Yellen, os obstáculos ao crescimento da economia dos EUA no primeiro trimestre devem perder força, e o PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano deve voltar a crescer moderadamente no resto do ano.
Juros mais altos lá preocupam investidores brasileiros, pois poderia atrair para os EUA recursos atualmente investidos aqui. Com menos dólares, a moeda tende a ficar mais cara.
No Brasil, investidores estão de olho no anúncio dos cortes de gastos públicos feitos pelo governo.
Atuação do BC no câmbio
O BC brasileiro vendeu nesta sessão a oferta total de até 8.100 contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) no leilão de rolagem.
O BC já rolou o equivalente a US$ 5,906 bilhões, ou cerca de 61% do lote total, que corresponde a US$ 9,656 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com Reuters)