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Economia

Após conversa de Trump com XI Jinping, dólar cai e fecha a R$ 5,58

A moeda norte-americana caiu 1,05%, cotada em R$ 5,5855, no menor patamar desde outubro do ano passado

Conjuntura Online
05/06/25 às 17h15
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Cédulas de dólar (Foto: bearfotos/Freepik)

O dólar fechou em queda de 1,05% nesta quinta-feira (5), cotado a R$ 5,5855, no menor patamar desde outubro do ano passado. Já o Ibovespa encerrou com um recuo de 0,56%, aos 136.236 pontos.

A conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, é um dos principais destaques da sessão. Segundo o republicano, os dois líderes resolveram as "complexidades" do acordo comercial recentemente firmado, o que "resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países". (Leia mais abaixo)

Os atritos do republicano com o bilionário Elon Musk também ficaram no radar. As ações da Tesla despencavam mais de 13%. Com isso, Musk perdeu mais de US$ 28 bilhões. Entenda a briga.

Investidores também seguem na expectativa por novos acordos comerciais. Nesta quinta, Trump indicou que deve fazer um grande acordo comercial com a Alemanha, enquanto o ministro das relações internacionais da Itália afirmou estar confiante de que o acordo entre EUA e União Europeia deve sair. O presidente norte-americano ainda afirmou que quer que os novos acordos incluam cláusulas que tratem sobre petróleo e gás.

No Brasil, a falta de ações concretas para equilibrar as contas públicas seguem a preocupar os mercados financeiros. O governo federal tem enfrentado forte pressão para derrubar o aumento do IOF e anunciar medidas que substituam a perda de arrecadação. Mas o pacote fiscal só deve ser apresentado ao público na próxima semana.

Além disso, o mercado repercute o corte de juros na zona do euro. O Banco Central Europeu (BCE) reduziu a taxa para 2% ao ano, diante da inflação controlada, mas manteve todas as opções sobre a mesa para suas próximas reuniões. 

Trump x Xi Jinping
Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, conversaram por telefone nesta quinta-feira (5), para tratar sobre o acordo comercial temporário recentemente firmado pelas duas potências, em 12 de maio.

"A conversa durou aproximadamente uma hora e meia e resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países. Não deve haver mais dúvidas quanto à complexidade dos produtos de Terras Raras", afirmou Trump em publicação no Truth Social, sem dar mais detalhes sobre a conversa com o líder chinês.

Mais tarde, em entrevista a jornalistas, Trump disse que as conversas entre os dois países continuam em andamento e estão em "boa forma", reiterando que representantes das duas potências devem se reunir em breve, em local a ser definido, para discutir o tema.

A tão aguardada ligação acontece em meio a acusações entre Washington e Pequim nas últimas semanas sobre minerais essenciais em uma disputa que ameaça destruir uma trégua frágil na guerra comercial entre as duas maiores economias.

Os países fecharam um acordo de 90 dias em 12 de maio para reverter algumas das tarifas de retaliação que haviam imposto um ao outro desde a posse de Trump em janeiro.

Embora as ações tenham se recuperado, o acordo temporário não abordou preocupações mais amplas que prejudicam o relacionamento bilateral, desde o comércio ilícito de fentanil até o status de Taiwan, governado democraticamente, e as reclamações dos EUA sobre o modelo econômico chinês dominado pelo Estado e voltado para a exportação.

As negociações estão sendo acompanhadas de perto por investidores preocupados com a possibilidade de uma guerra comercial caótica prejudicar os lucros corporativos e interromper as cadeias de suprimentos nos meses cruciais que antecedem a temporada de compras de fim de ano.

O mercado entende que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo — o que pode levar à desaceleração da maior economia do mundo e até a uma recessão global.

Além disso, no último capítulo da guerra de tarifas nesta semana, Trump assinou um decreto para dobrar as taxas sobre importações de aço, alumínio e derivados no país de 25% para 50%, o que afeta diretamente o Brasil.

A ação ocorre em um momento em que os EUA buscam negociações mais vantajosas com os países afetados pelo tarifaço imposto no início de abril.

Embora as taxas tenham sido parcialmente suspensas, elas serão retomadas integralmente em 8 de julho — e têm servido como ferramenta do presidente na tentativa de firmar acordos mais favoráveis com outras nações.

No começo desta semana, Trump indicou que vai pressionar os países para apresentarem propostas "melhores" nas negociações comerciais com os EUA. (Com g1)

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