A pergunta é importante para analisar o empate sem gols entre Flamengo e Athletico-PR.
Que o resultado era o que os paranaenses queriam, não há dúvidas. Mas foi conquistado após 90 minutos muito mais de má pontaria dos cariocas do que graças a uma defesa intransponível.
Com 22 finalizações e 74% de posse de bola, o Flamengo foi senhor absoluto de um jogo onde o Furacão se preocupou em congestionar a área e a entrada dela.
Está aí o mérito que deve ser dado aos visitantes, que conseguiu fazendo que mesmo as chances claras fossem diante de um espaço sempre muito povoado e obstáculos pelo caminho.
Tanto que nas duas melhores chances Gabriel sempre teve um batalhão de branco pela frente para ultrapassar. Na bola que Khellven tirou em cima da linha, eram dez jogadores do Athletico dentro da área, e no chute no travessão eram sete, com três mergulhados na sua frente.
Ou seja, o Flamengo finalizou muito, mas nunca com liberdade.
E foi justamente por essa aglomeração athleticana próximo da sua baliza que o Flamengo teve campo para jogar até a intermediária ofensiva.
Cuello e Terans apenas faziam sombra em uma saída de bola a três onde sempre tinha um defensor do Flamengo livre para iniciar o jogo.
Com Rodinei menos agressivo e preocupado com os avanços de Abner, o time de Dorival Júnior surpreendeu e direcionou suas ações ofensivas para o lado esquerdo com um Filipe Luís com maior profundidade do que o costume.
Com alternância, João Gomes, Everton Ribeiro e Gabriel passaram pelo setor para triangulações e foi por ali a primeira grande chance após cruzamento do lateral para finalização de Pedro.