O veredicto deve sair nesta quarta-feira (8). Se condenados, Platini e Blatter podem pegar até cinco anos de prisão. Ambos negam irregularidades e dizem ter um acordo verbal sobre o pagamento, relacionado a trabalhos de consultoria de Platini entre 1998 e 2002
Blatter, que já foi a figura mais poderosa do futebol mundial, chegou à quadra parecendo frágil e acompanhado de sua filha Corinne e seu advogado.
“Estou absolutamente confiante, o sol está brilhando… e estou de bom humor”, disse Blatter a jornalistas antes da audiência.
“Sei que não fiz nada contra a lei. Minha vida foi futebol, por 45 anos com a FIFA. Minha vida é futebol.”
Platini, ex-presidente da UEFA, também disse estar confiante e brincou que teria que fazer um curso de alemão para poder acompanhar os procedimentos.
“Estou convencido de que a justiça será total e definitivamente feita a mim depois de tantos anos de acusações e calúnias selvagens”, disse ele em comunicado antes do início do julgamento.
“Vamos provar no tribunal que agi com a maior honestidade, que o pagamento do restante do salário me foi devido pela FIFA e é perfeitamente legal”.
O (OAG) Gabinete do Procurador-Geral da Suíça acusou Blatter e Platini de “fraude, na alternativa de apropriação indébita, na alternativa adicional de má gestão criminal, bem como de falsificação de documento.
Platini, o ex-presidente da UEFA que como jogador capitaneou a França na vitória no Campeonato da Europa de 1984, também foi acusado de cúmplice.
Blatter, de 85 anos, e Platini, de 66, foram banidos do futebol em 2016 por seis anos devido ao pagamento, feito com a aprovação de Blatter por um trabalho feito uma década antes.
“A FIFA entrou com uma ação civil contra Blatter e Platini para que o dinheiro que foi desviado ilegalmente seja devolvido à FIFA e seja usado para o único propósito para o qual foi originalmente destinado: futebol”, disse a advogada da FIFA Catherine Hohl-Chirazi.