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"Me deixem em paz", diz Robinho ao garantir que abandonou a carreira

O agora ex-atacante foi condenado pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa em 22 de janeiro de 2013 dentro de um clube noturno de Milã

05/07/2022 - 08h09

Com Correio Braziliense

Robinho queria voltar ao Santos, mas condenação atrapalhou (Foto: Ivan Storti/Santos)

O jogador Robinho, de 38 anos, revelou que abandonou a carreira. Condenado pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa dentro de um clube noturno de Milão, o atacante se afastou dos gramados e não encontrou mais interessados em seu futebol. Agora, ele quer distância da imprensa.


"Não quero dar nenhuma entrevista. Se puder deixar eu e minha família em paz, fica agradecido", disse Robinho. "Não jogo mais! Não publico minha vida na internet e continuam falando de mim. Tem muitas pessoas querendo dar entrevista e eu só quero que vocês me deixem em paz", completou Robinho, em entrevista concedida ao UOL.


O caso de estupro


Segundo o depoimento da vítima e a reconstrução dos fatos, a jovem que tinha 22 anos na época estava na mesma boate que Robinho e um grupo de amigos, em janeiro de 2013, mas só se juntou a eles após a esposa do jogador voltar para casa. Eles então teriam oferecido bebida à vítima até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor".


De acordo com o Ministério Público de Milão, o grupo levou a jovem para um camarim e, se aproveitando de seu estado de embriaguez, mantiveram "múltiplas e consecutivas relações sexuais com elas". Outros quatro envolvidos no crime não foram rastreados pela Justiça da Itália e não puderam ser processados. Robinho foi condenado em janeiro de 2022, na última instância, a nove anos de prisão.


Mesmo sem a publicação das motivações, o Ministério Público de Milão encaminhou, no dia 15 de fevereiro, o pedido de prisão internacional dos dois condenados - Robinho e o amigo Falco - para o Ministério da Justiça da Itália que, por sua vez, já fez o pedido formal ao Brasil no dia seguinte.


No entanto, o Brasil não extradita seus cidadãos por crimes cometidos em outras nações. Com isso, a chance dos dois cumprirem a pena na Itália é mínima e só poderá ocorrer se ambos viajarem para países que tenham acordos de extradição com Roma - caso de cerca de 70 nações no mundo, incluindo os todos os 27 Estados-membros da União Europeia, Argentina, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido.

No Atlético, Robinho teve uma temporada de estreia arrasadora. Foi artilheiro do Campeonato Mineiro e importante peça na campanha do vice-campeonato da Copa do Brasil (3 gols) e quarto lugar no Campeonato Brasileiro (12 gols e oito assistências).


O camisa 7 encerrou 2016 como artilheiro do país (25 gols) e líder de assistências do Galo (10). No ano, ele balançou as redes em momentos decisivos, como na semifinal da Copa do Brasil, contra o Internacional, e de vitórias cruciais no Brasileirão.


Em 2017, a magia de Robinho não se repetiu. No começo do ano, Robinho não se exibiu em bom nível, mas marcou gols importantes, como na final do Campeonato Mineiro, contra o Cruzeiro. Pouco depois, amargou o maior jejum de gols da carreira. Foram 23 partidas sem marcar e banco de reservas com o técnico Rogério Micale.


Na estreia de Oswaldo de Oliveira, contra o Atlético-PR, ele garantiu a vitória alvinegra ao balançar as redes duas vezes. Foram seis gols sob o comando do novo treinador (dois deles garantiram vitória em clássico contra o Cruzeiro, no Mineirão), confirmando o seu melhor momento na temporada.

Ele encerrou o ano com 13 gols e 10 assistências. Robinho finalizou sua passagem pelo Atlético com 109 jogos, 35 gols e 20 assistências.


Em 2017, torcedoras do Atlético se dividiram sobre a condenação de Robinho por Mariolina Panasiti, que presidia a 9ª vara do tribunal de Milão, na Itália. O julgamento ocorreu em novembro daquele ano. Posteriormente, Robinho foi condenado em todas as instâncias.

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