O vice-prefeito de São José do Rio Preto, Fábio Marcondes (PL), solicitou licença do cargo após ser acusado de racismo ao se referir a um segurança do Palmeiras como “macaco velho”.
O incidente ocorreu na área de acesso aos vestiários do Estádio José Maria de Campos Maia, logo após a vitória do Palmeiras sobre o Mirassol, por 3 a 2, ontem (23/02). Marcondes alegou “prescrição médica” para justificar seu afastamento e também pediu exoneração do cargo de secretário de Obras do município.
Imagens veiculadas pela TV Globo mostraram Marcondes em uma discussão acalorada com funcionários do Palmeiras, onde ele proferiu insultos, chamando-os de “lixo” antes de fazer a ofensa racista, o que gerou indignação entre os membros da comissão técnica do Palmeiras. O diretor de futebol do clube, Anderson Barros, foi visto no vídeo afirmando que o político seria denunciado.
Em resposta às acusações, Marcondes declarou que os vídeos que circulam nas redes sociais não retratam a totalidade dos fatos e que a confusão começou após seu filho ser alvo de ofensas. Ele se defendeu em uma publicação nas redes sociais, afirmando: “Afirmo com convicção que jamais tive a intenção de ofender ou prejudicar qualquer indivíduo ou grupo – em especial, o segurança da delegação da Sociedade Esportiva Palmeiras”.
O Palmeiras emitiu uma nota oficial repudiando o episódio, afirmando que “não toleramos qualquer forma de discriminação” e que tomariam todas as providências necessárias, incluindo o registro de um Boletim de Ocorrência. O clube enfatizou a importância de que o autor da ofensa racista seja identificado e responsabilizado criminalmente.
Por sua vez, o Mirassol também se manifestou, repudiando “quaisquer atos de racismo ou discriminação racial”. Em sua nota, o clube destacou que “a intolerância e o preconceito não têm lugar em nossa sociedade” e que é inaceitável que tais atos ocorram. O Mirassol defendeu que denúncias sejam devidamente apuradas e que, caso comprovados atos de racismo ou injúria racial, os responsáveis sejam punidos com rigor.
Esse incidente ressalta a necessidade de um debate contínuo sobre racismo e discriminação no esporte e na sociedade em geral, refletindo um problema que ainda persiste em diversas esferas. A reação rápida de clubes e autoridades é fundamental para combater essas práticas e promover um ambiente mais inclusivo e respeitoso.