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AGU pede bloqueio de R$ 2,56 bilhões de 12 entidades associativas investigadas

Segundo a Advocacia-Geral da União, que representa o INSS na ação, o valor dos descontos feitos indevidamente pode ser muito maior e será calculado ao longo da transcorrer do processo

Conjuntura Online
08/05/25 às 14h57
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Sewde da AGU em Brasília (Foto: Renato Menezes/AscomAGU)

A AGU (Advocacia-Geral da União) entrou nesta quinta-feira (8) com um pedido de bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades associativas investigadas no esquema de fraude do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A ação cautelar de urgência tem objetivo de usar valores dos bens bloqueados — móveis e imóveis — para ressarcir aposentados e pensionistas vítimas da fraude. A AGU representa o INSS na ação.

Segundo a AGU, o valor dos descontos feitos indevidamente pode ser muito maior e será calculado ao longo da transcorrer do processo.

Esse valor inicial foi calculado pela Dataprev (Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social)

A Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União), por sua vez, estimam algo em torno de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

"Todas as 12 entidades já respondem no INSS a PAR (Processos Administrativos de Responsabilização), abertos no último dia 5 de maio, por prática de corrupção", escreveu a AGU.

"Elas foram incluídas como réus nessa ação pois, há fortes indícios, conforme inquérito policial, de que são empresas de fachada, criadas com o objetivo de cometer fraudes por meio de 'laranjas' ou de que pagaram propinas a agentes públicos", prossegue.

A ação da AGU também inclui seis empresas suspeitas de intermediarem vantagens indevidas.

O que se sabe sobre a fraude

Segundo a PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União), as entidades investigadas ofereciam o pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados dos beneficiários.

Há registros de aposentados que, no mesmo dia, foram filiados a mais de uma entidade. A liberação de descontos "em lote" pelo INSS, sem autorização individual dos beneficiários, também foi identificada como um fator para a "explosão" de fraudes.

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão na última sexta-feira (2). A avaliação do governo é que houve omissão de Lupi.

Uma reportagem do Jornal Nacional revelou que o ministro recebeu os primeiros alertas em junho de 2023 e levou quase um ano para agir.

Alessandro Stefanutto, que presidia o INSS e foi indicado ao cargo por Lupi, foi demitido após o escândalo ser revelado. Ele foi alvo de uma operação da PF para colher provas da fraude. (Com g12 - Brasília)

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