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Aos 84 anos, morre o humorista Jô Soares em São Paulo

Humorista estava internado no hospital Sírio Libanês e morreu nesta madrugada

05/08/2022 - 06h55

Terra

Morre Jô Soares (Foto: TV Globo)

O humorista, escritor e apresentador Jô Soares morreu na madrugada desta sexta-feira, 6, em São Paulo, aos 84 anos de idade. A informação veio de Flávia Pedras, ex-mulher do humorista, em suas redes sociais.


“Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados. O funeral será apenas para família e amigos próximos”.


Jô estava internado no Sirio Libanês desde o dia 28 de julho. A causa da morte ainda não foi informada.

Segundo Flávia, a despedida será reservada a amigos e familiares. Os locais de enterro e velório também não foram divulgados.


Na publicação, a ex-mulher do apresentador fez sua homenagem: "Viva você meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você.  Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem".


A história de Jô Soares


Nascido José Eugênio Soares em 16 de janeiro de 1938, Jô Soares estudou em Lausanne, na Suíça. Pensava em ser diplomata e aprendeu várias línguas, o que lhe deu sólida formação cultural e intelectual. Viu televisão pela primeira vez em 1952, nos Estados Unidos, e começou a trabalhar no veículo seis anos depois, aos 20, escrevendo e atuando nas peças policiais de TV Mistério, programa da TV Rio protagonizado por Paulo Autran, Tônia Carrero e Adolfo Celi.


Mas só seria apresentado ao público como comediante pouco tempo depois, na TV Continental, e a capacidade de fazer rir o levaria a todos os canais de TV do Rio de Janeiro na época. Em 1960, substituiria José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, a convite do próprio, na redação do Simonetti Show, da TV Excelsior. Já na Record, em 1966, escrevia e atuava no lendário Família Trapo, sitcom que depois inspiraria tantas outras e faria a glória de Ronald Golias, Renata Fronzi, Renato Corte Real e Zeloni, além do próprio Jô. A redação era dividida com Carlos Alberto de Nóbrega, com quem combinava as cenas que caberiam a um e a outro, cada um na sua casa. Quando se encontravam, juntavam as duas partes e todo o enredo se encaixava perfeitamente, sem necessidade de ajustes.


Depois de ensaiar por algumas vezes sua saída da Record, Jô estrearia na Globo em 1970. "Eu queria um programa de humor com uma nova cara", relata Boni, ex-chefão da emissora, em seu livro de memórias, O Livro do Boni. E continua: "Tinha um nome pronto na cabeça: 'Faça Humor, não faça a guerrra'.


 Havíamos contratado também o Renato Corte Real e o incluímos no projeto. As reuniões se sucederam com o Augusto César Vanucci, o Jô, o Renato, o Haroldo Barbosa, o Max Nunes e o João Lorêdo." O horário era o das noites de sexta, na vaga que antes cabia a Dercy Gonçalves. E, se Dercy alcançava, naquela época, 60% dos lares com televisão, Jô bateu nos 70% e Boni foi celebrado até pelo patrão, Roberto Marinho. Faça Humor, não Faça a Guerra ficou por três anos no ar e foi substituído por Satiricom, que durou mais três anos, sucedida por Planeta dos Homens, que seguiu liderando a audiência pelos cinco anos seguintes.


Foi em 1981, ainda segundo o próprio Boni, que Jô sugeriu que já fosse hora de ter um programa todo seu. Nasceu daí o Viva o Gordo, que lançou personagens lendários, alguns deles atuais mesmo hoje. Com maquiagem e figurino a caráter, Jô fez barulho como o Capitão Gay e Norminha, entre outros.

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