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Após acidentes com 9 mortes, governo quer regulamentar balões 

Ministério do Turismo quer acelerar criação de regras para a prática, que atualmente é considerado prática esportiva

Conjuntura Online
23/06/25 às 15h27
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Balão cai durante passeio em Praia Grande, Santa Catarina (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O governo federal quer regulamentar a prática de balonismo no Brasil, e o debate com entidades envolvidas na atividade está previsto para começar nos próximos dias.

Em menos de uma semana, nove pessoas morreram em dois acidentes; o mais recente, no sábado, deixou oito vítimas em Santa Catarina.

“A expectativa é que, já na próxima semana, haja um avanço significativo nesse processo, em decorrência de uma reunião com as entidades envolvidas no tema”, informou o ministério.

Atualmente, as aeronaves registradas para este tipo de atividade não são certificadas e não têm garantia de aeronavegabilidade, por exemplo.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) considera o balonismo como uma prática desportiva, considerada de alto risco e “ocorre por conta e risco dos envolvidos”.

O Ministério do Turismo quer, portanto, uma regulamentação “específica e clara para a operação de voos de balão em atividades turísticas, visando garantir a segurança dos praticantes e impulsionar o desenvolvimento desse segmento no Brasil”.

Em Praia Grande (SC), o balonismo é uma das mais importantes atividades econômicas com cerca de 600 voos por mês, segundo a prefeitura. Por conta da tragédia do fim de semana, a prática foi interrompida ontem.

Em entrevista à NSC TV, o secretário de Turismo da cidade, Henrique Maciel, afirmou que a cidade está atualmente entre os cinco principais destinos turísticos de voos turísticos de balão no mundo e o de maior expressão na América do Sul.

— Isso faz com que a nossa cidade realmente tenha uma economia muito forte em cima dos voos turísticos — afirma o secretário.

Vinte e uma pessoas estavam no balão que pegou fogo no ar anteontem. À Polícia Civil, o piloto Elves Crescêncio afirmou que com menos de cinco minutos de voo sentiu um cheiro de queimado. Ele tentou apagar com os pés e depois com um extintor de incêndio, que não funcionou. O depoimento foi divulgado ontem pelo “Fantástico”, da TV Globo.

— Tirei o lacre do extintor, e na hora que apertei não saiu nada de pó — afirmou o piloto, que trabalha na área há três anos e afirmou ter mais de 700 horas de voo.

A aeronave, então, começou a descer, e Elves orientou os passageiros a pularem quando o cesto batesse no solo. No entanto, oito pessoas não conseguiram sair no momento indicado. Como o balão ficou mais leve, voltou a subir.

Quatro deles pularam de aproximadamente 150 metros de altura e morreram com o impacto. Outras quatro foram carbonizadas. Todos foram enterrados ontem em diferentes cidades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Juliane Jacinta Sawicki, de 36 anos, foi enterrada em Carlos Gomes, no Rio Grande do Sul. Ela estava com o namorado Fábio Luiz Izycki, de 42, que também morreu.

— Ela era uma pessoa muito querida, eles tinham vários amigos — afirmou Simone Sawicki, irmã de Juliane, no velório. — A gente espera que o acidente seja investigado.

A principal suspeita é que um maçarico reserva tenha sido o responsável pelo acidente. A Polícia Civil catarinense investiga o caso.

São Paulo

O outro acidente aconteceu no domingo da semana passada, em Capela do Alto (SP), com 35 pessoas a bordo. Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos, morreu. Ela fazia o passeio acompanhada do marido, Leandro de Aquino Pereira, em comemoração ao Dia dos Namorados.

O piloto do balão, Fabio Salvador Pereira, foi preso em flagrante por homicídio culposo agravado e atividade irregular de balonismo. Segundo a polícia, ele estava com a documentação irregular, além de ter licença apenas para voos particulares.

Alguns passageiros relataram à polícia que o piloto ficou em pânico e perdeu o controle do balão. Em depoimento à polícia, ele disse que uma rajada de vento inesperada provocou o acidente e que alguns passageiros tentaram pular do balão. Ao “Fantástico”, outros baloeiros da cidade afirmaram que naquele dia não havia condições ideais para voo. (Com O Globo)

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