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Após enterro, indígenas ocupam fazenda onde ocorreu conflito entre a polícia

O enterro de Vito Fernandes, de 42 anos, ocorreu no local onde ele morreu

Campo Grande
28/06/22 às 06h36
Vários indígenas foram ao enterro de indígena morto em conflito (Iara Cardoso/Reprodução)

Após o enterro de Vito Fernandes, de 42 anos, os indígenas Guarani Kaiowá voltaram a ocupar a fazenda, em Amambai (MS), onde ocorreu conflito entre a polícia na sexta-feira (24). Não foi registrado confronto na nova retomada de terra, informa o G1 MS.

Ao chegar na sede da fazendas, cerca de 700 indígenas encontraram seis seguranças particulares que saíram do local após pedido dos próprios indígenas, segundo informações de testemunhas no local e do CIMI (Conselho Missionário Indigenista).

Conforme informações apuradas pelo g1, os indígenas retomaram o a fazenda logo após o enterro que ocorreu a partir de um acordo entre a DPU (Defensoria Pública da União), o MPF (Ministério Público Federal) e fazendeiro, após a família da vítima pedir para que o corpo fosse sepultado no local onde Vitor foi morto.

O confronto entre indígenas e policiais ocorreu na madrugada de sexta-feira (24) devido à disputa de área vizinha a aldeia Amambai, a segunda maior do estado, com cerca de 7 mil moradores. Para os indígenas, as terras fazem parte do território Guapoy, que pertencia aos ancestrais dos povos originários e seria parte da reserva.

De acordo com o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) em Mato Grosso do Sul, Matias Benno, disse que os indígenas da etnia Guarani Kaiowá estão na região da fazenda onde ocorre o conflito há alguns dias e que entre quinta e sexta-feira (dias 23 e 24) fizeram o que chamam de “retomada” da área que consideram tradicional.

Ao todo, foram sete indígenas feridos e um morto. Outros três policiais militares também se feriram.

Após a “ocupação” sob a ótica dos indígenas, a Polícia Militar foi acionada, para combater, o que seria na visão da proprietária da terra, o grupo VT Brasil, uma “invasão”.

Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, o conflito se iniciou quando indígenas atacaram os policiais militares, acionados para "coibir uma invasão" e garantir a “segurança daqueles que estavam nas residências". Videira alegou que a ida do Batalhão de Choque foi "necessária".

“A Polícia Militar foi atender uma ocorrência grave de crime contra o patrimônio com risco de morte eminente, tanto que nossos policiais foram recebidos a tiros. Nós vamos manter o reforço em toda aquela região para evitar novos confrontos”, explicou o secretário.

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