A propagação do vírus do sarampo na América do Sul gerou um clima de apreensão em Mato Grosso do Sul, especialmente por causa da fronteira direta com Paraguai e Bolívia, países que já registram casos confirmados da doença.
O temor aumenta diante do surto boliviano, que levou o governo local a decretar emergência nacional.
Segundo o Ministério da Saúde do Paraguai, sete casos já foram confirmados em território paraguaio, todos em pessoas que não haviam tomado a vacina.
A situação mais crítica, no entanto, ocorre na Bolívia, onde o Ministério da Saúde registrou 237 casos confirmados e declarou emergência para conter o avanço da doença.
O sarampo é altamente contagioso e pode se espalhar rapidamente em regiões com baixa cobertura vacinal, realidade que preocupa autoridades brasileiras, já que a mobilidade nas fronteiras facilita a circulação do vírus.
Entre os principais sintomas estão manchas vermelhas pelo corpo, febre alta, mal-estar, tosse seca, conjuntivite, nariz escorrendo ou entupido e falta de apetite. Em casos mais graves, a doença pode evoluir para complicações como pneumonia, encefalite, desidratação e enfraquecimento do sistema imunológico.
A preocupação em Mato Grosso do Sul é de que a proximidade com áreas afetadas facilite a entrada e disseminação do vírus no Estado, o que explica a mobilização imediata da rede de saúde.
O alerta às autoridades e à população é para que se intensifique a vacinação, única forma eficaz de prevenir novos casos e evitar que o pânico se transforme em realidade.