O prazo para que bares, restaurantes e outros estabelecimentos de Campo Grande deixem de contar com a coleta de lixo feita pela CG Solurb foi prorrogado para 31 de agosto. A decisão foi tomada após uma audiência de conciliação, realizada ontem (30), entre a Prefeitura, o Ministério Público, a própria concessionária e a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), que entrou com a ação pedindo mais tempo para as empresas se adequarem.
A medida, segundo reportagem do G1MS, atinge cerca de 300 estabelecimentos classificados como grandes geradores de resíduos, que agora terão pouco mais de um mês para contratar outras empresas privadas para realizar o serviço. Antes, o encerramento estava previsto para 1º de agosto, o que causou apreensão no setor de comércio e serviços.
Para empresários, a preocupação é dupla: além do aumento de custos para manter o serviço, muitos ainda não conseguiram fechar contratos com novas prestadoras. “O impacto é direto no caixa. É mais uma despesa para bares e restaurantes, que já enfrentam alta carga tributária e custos operacionais crescentes”, comentou um empresário do setor alimentício ouvido pela reportagem.
A decisão de encerrar a coleta foi motivada por uma ação do MPMS, que apontou que o contrato de 2012 entre a prefeitura e a Solurb não previa o atendimento a grandes geradores. A própria empresa defendeu a retirada desse serviço, alegando que os custos não são compensados.
Enquanto isso, a Solurb seguirá responsável apenas pela coleta domiciliar. Os empresários, por sua vez, terão de negociar novos contratos no mercado privado — e o receio é que os valores pesem no bolso e acabem refletindo até no preço final ao consumidor.