Os cardeais da Igreja Católica retomaram, nesta quarta-feira (30), as reuniões preparatórias para o conclave que ocorrerá na semana que vem.
No encontro desta manhã, os clérigos, a ponto de iniciar o processo de escolha de um novo papa, debateram como manter a agenda de reformas da Igreja Católica promovida pelo papa Francisco.
"Entre os vários tópicos discutidos, também se discutiu como as estruturas econômicas podem continuar a apoiar as reformas do papado", disse o Vaticano, em nota.
Já os cardeais evitaram dar pistas e chegaram e saíram da reunião "pré-conclave" em clima de segredo. O colombinado Jorge Jiménez Carvajal, um dos poucos que falou com a imprensa disse que já há muito diálogo entre os clérigos.
"A atmosfera é muito pacífica e cheia de diálogo", disse Carvajal, de 83 anos, que não participará do conclave. "Em um conclave, não se fala em pressão ou polarizações".
Cento e oitenta e um do total de 252 de cardeais da Igreja Católica participaram do encontro — entre os presentes na reunião, 124 eram clérigos que participarão do conclave no qual votarão para escolher um novo papa.
No total 133 cardeais participarão do conclave, mas nove deles ainda não haviam chegado no Vaticano nesta sexta.
O conclave, processo eleitoral para eleger um novo papa, começará em 7 de maio, quando um recorde de 133 cardeais se reúne na Capela Sistina.
Os cardeais votarão quatro vezes por dia até que uma maioria de dois terços — pelo menos 89 cardeais — concorde com o mesmo candidato.
Em paralelo, as listas de "candidatos a papa" se multiplicam. O cardeal Pietro Parolin aparece entre os favoritos junto com o filipino Luis Antonio Tagle, o "Francisco asiático".
Mas os cardeais se recusam a dar qualquer pista sobre os nomes que estão sendo cogitados em meio à enxurrada de perguntas dos jornalistas ao entrarem no Vaticano. (Com g1)