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IBGE aponta que um em cada cinco jovens no Brasil não estuda e nem trabalha

Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais 2023, divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (6)

São Paulo 
06/12/23 às 11h13
2 milhões de mulheres responsáveis por cuidar de parentes ou de trabalhos domésticos dizem não procurar emprego (Thomas Barwick/Getty Images)

Um em cada cinco jovens entre 15 e 29 anos não estudava nem trabalhava em 2022, totalizando 10,9 milhões de indivíduos, ou uma fatia de 22,3% do grupo etário.

Os dados são da SIS (Síntese de Indicadores Sociais) 2023, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (6).

“O trabalho do cuidado — seja em relação aos filhos dependentes, ou aos pais com idade mais avançada, ou mesmo ao cônjuge e outras pessoas de um círculo mais próximo — é muito mais delegado e executado pela mulher, independentemente da sua idade”, reforça a pesquisadora sobre mercado de trabalho, Lina Nakata.

“Muito mais mulheres nem mesmo procuram emprego por estarem envolvidas com essas atividades invisíveis e não remuneradas na maior parte das vezes. Com isso, a invisibilização do trabalho da mulher gera ainda mais iniquidade na sociedade e também no mercado de trabalho”, conclui.

Com a pandemia, a proporção de jovens “nem-nem” saltou de 24,1% em 2019 para 28% em 2020. Desde então, o número registrou duas quedas seguidas até chegar ao patamar de 2022.

Contudo, o analista socioeconômico do IBGE, Jefferson Mariano, aponta que a queda foi puxada pelo aumento dos jovens que buscam dar enfoque ao trabalho.

“[São pessoas que] deixaram o estudo para segundo plano”, explica Mariano. “Lembrando que no Brasil ainda é bastante baixa a presença desses jovens no ensino superior”.

De acordo com o IBGE, dos quase 11 milhões de jovens que não estudam e seguem desempregados, 61,2% se encontram abaixo da linha da pobreza. Dentro desse recorte, 47,8% eram mulheres pretas ou pardas.

Para o analista do IBGE, os dados denunciam desigualdades sociais que são frutos de um quadro estrutural de disparidades.

“Ainda há um problema com relação ao acesso e, especialmente, a permanência dessas pessoas na escola”, pontua Mariano. (Com CNN)

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