Enquanto o povo conta moeda para pagar a conta de luz, o MPMS(Ministério Público de Mato Grosso do Sul) parece viver em outra galáxia.
De acordo com o G1, um pedido protocolado no CNMP(Conselho Nacional do Ministério Público) pede a suspensão da licitação milionária que prevê a compra de 750 iPhones 16 – sim, o modelo mais caro do mercado – ao custo estimado de R$3,2 milhões por ano.
No total, a brincadeira pode chegar a quase R$16 milhões em cinco anos de contrato.
Segundo o documento, não há explicação convincente para a farra tecnológica.
O edital não justifica por que precisa de tanta quantidade, nem por que escolheu justamente os aparelhos top de linha, ignorando modelos mais baratos. Detalhe: o MPMS tem pouco mais de 250 membros ativos entre procuradores e promotores. Ainda assim, pediu mais de 300% desse número em iPhones. Ou seja, vai ter iPhone sobrando até para a tia do cafezinho.
Questionado, o órgão respondeu que os aparelhos não são apenas para os promotores, mas também para 943 servidores e a estrutura funcional inteira. Mas não explicou por que todo mundo precisa andar com celular de luxo no bolso, em vez de modelos mais básicos.
A licitação, aberta em 18 de agosto, exige nada menos que iPhones 16 com 256 GB de memória – cada um avaliado em média a R$ 5,5 mil. Além dos aparelhos, o contrato prevê pacotes de voz ilimitados, internet 80GB sem limite em redes sociais, roaming nacional gratuito e até acesso internacional, porque afinal de contas ninguém pode ficar sem postar story nem viajando lá fora, né?
Para completar, a empresa vencedora terá que bancar internet com roaming internacional, como se os servidores do MPMS fossem influenciadores digitais globais.
O caso já causa constrangimento e virou alvo de piadas nas redes sociais. Para muita gente, o Ministério Público parece mais preocupado em garantir um iPhone na mão de cada servidor do que em dar exemplo de austeridade com dinheiro público.