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Operação Blindagem prende advogada e grupo ligado ao PCC em MS

Ação cumpriu dezenas de mandados em 11 cidades e revelou esquema de tráfico, extorsão e lavagem de dinheiro comandado de dentro dos presídios

Conjuntura Online
08/11/25 às 07h05
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Armas e dinheiro aprendidos durante a operação. (Foto: MPMS)

Uma megaoperação deflagrada na sexta-feira (7) expôs a ramificação de uma facção criminosa com base em presídios de Mato Grosso do Sul e conexões em outros estados. Batizada de Operação Blindagem, a ação cumpriu 35 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão em 11 cidades, incluindo Campo Grande, Bonito e Ponta Porã.

O grupo, segundo reportagem do G1, é apontado como responsável por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e extorsões praticadas de dentro do sistema prisional, com apoio de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Entre os presos estão a advogada Brenda Yasmin Martins de Freitas, o casal Selma Nunes Roas e Alexsandro Nunes, e Tiago Paixão Almeida, conhecido como “Boy”. Brenda teve o celular apreendido, e o casal foi detido no bairro Tijuca, onde policiais encontraram um revólver calibre 38 e munições. Tiago, que já responde por tráfico de drogas, foi condenado a oito anos de prisão em outro processo e absolvido de um homicídio em 2023.

Outros nomes também estão entre os alvos, como Johan Fabiano Costa Lescano, Michel Lescano dos Santos e um advogado preso em Bonito. Parte dos detidos foi levada para a Depac Cepol, em Campo Grande, onde permanecem custodiados.

De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), as investigações duraram dois anos e revelaram uma estrutura criminosa sofisticada, que enviava drogas para São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Goiás. A quadrilha usava caminhões com fundos falsos e cargas de alimentos com nota fiscal para disfarçar o transporte, além de despachar entorpecentes pelos Correios.

Forças de Segurança de SP

A operação contou com apoio da Polícia Militar, Bope, Força Tática e da Agepen, além de forças de segurança de São Paulo e Santa Catarina, como o Gaeco e a Polícia Civil. A OAB/MS acompanhou as ações, já que há advogados entre os presos.

Segundo o MPMS, o nome da operação faz referência à “blindagem” que os criminosos recebiam dentro dos presídios por meio da corrupção de servidores, obtendo informações privilegiadas, proteção e regalias — uma estrutura paralela que agora começa a ruir com as prisões.

A advogada de Brenda Yasmin, Rauane Mendes, afirmou confiar na Justiça e disse que sua cliente, que atua na área previdenciária, nega qualquer envolvimento com organização criminosa. Já o defensor do casal, Marcos Ivan, declarou ainda não ter acesso ao processo, mas acredita na inocência dos dois.

O MPMS informou que novas fases da operação podem ocorrer, já que a investigação segue em andamento para identificar servidores públicos e outros envolvidos que davam suporte à facção dentro e fora das penitenciárias.

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