A Polícia Federal deflagrou ontem (8) a operação Pantanal Terra Nullius, que investiga um esquema milionário de grilagem de terras da União em áreas de proteção ambiental no Pantanal sul-mato-grossense, segundo reportagem do G1.
Agentes cumpriram 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em condomínios de luxo em Campo Grande e um em Rio Brilhante.
Durante a ação, foram apreendidos veículos de alto padrão, relógios de luxo e R$ 600 mil em dinheiro vivo. A Justiça também determinou bloqueio de bens e valores que somam mais de R$ 3 milhões.
Segundo a PF, o grupo teria fraudado documentos para se apropriar de áreas do Parque Estadual do Rio Negro, com a suspeita de participação de empresários, fazendeiros e servidores da Agraer) (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul).
Entre os investigados estão engenheiros, advogados e o ex-diretor-presidente da Agraer, André Nogueira Borges, além de funcionários do setor de regularização fundiária da autarquia.
A investigação aponta que a empresa Toposat Engenharia Ltda., especializada em serviços cartográficos, está no centro do esquema. Entre os alvos, estão sócios da companhia e pessoas ligadas ao setor produtivo e à área técnica da regularização de terras públicas no estado. O inquérito segue sob sigilo.
Em nota, o governo de Mato Grosso do Sul informou que acompanha e colabora com a operação da PF e que tomará as medidas cabíveis após acesso aos autos, reafirmando o compromisso com a transparência e a lisura nos atos públicos. Até o momento, os investigados não se pronunciaram.