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Política

Defesas contestam narrativa de golpe em acareação entre Cid e ex-assessor de Bolsonaro 

Medida atende a um pedido da defesa de Marcelo Câmara, que apontou contradições nos depoimentos prestados por Mauro Cid

Conjuntura Online
13/08/25 às 08h16
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Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, ficarão frente a frente nesta quarta-feira (13), às 11h, na sala de audiências do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília.

A acareação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes e atende a um pedido da defesa de Câmara, que busca esclarecer contradições apontadas nos depoimentos prestados por Cid à Polícia Federal.

A ação faz parte de investigações que o governo Lula (PT) e setores da esquerda tratam como tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 — uma narrativa rejeitada por Bolsonaro, por seus aliados e pelas defesas dos investigados, que alegam perseguição política.

Entre os pontos a serem discutidos estão relatos sobre supostas “minutas golpistas” no Palácio da Alvorada e alegações de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes. Para a defesa de Câmara, esses episódios carecem de comprovação e foram descritos de forma inconclusiva por Cid.

Preso preventivamente no Complexo Penitenciário da Papuda, Marcelo Câmara foi autorizado a se deslocar ao STF com tornozeleira eletrônica, sem possibilidade de comunicação com terceiros além de seus advogados.

Ele está detido desde que seu advogado, Eduardo Kuntz, apresentou ao STF mensagens atribuídas a conversas com Mauro Cid, que teriam sido usadas para questionar a validade do acordo de colaboração firmado pelo ex-ajudante de ordens.

Em depoimento prestado à Polícia Federal em julho, Câmara negou ter mantido qualquer contato, direto ou indireto, com Mauro Cid para influenciar sua delação. Também afirmou nunca ter praticado obstrução de Justiça e ressaltou que cumpre integralmente as medidas cautelares determinadas pelo STF.

A defesa sustenta que a acareação será fundamental para evidenciar contradições, reforçar a inexistência de qualquer “plano golpista” e expor o que consideram uma narrativa politicamente construída para desgastar Bolsonaro e seus aliados. (Com R7)

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