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Política

Deputado denuncia que Cassems vendeu prédio de R$ 40 mi por apenas R$ 24 mi

Com matrículas em mãos, João Henrique disse que venda dilapida o patrimônio dos servidores

Conjuntura Online
28/10/25 às 16h29
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João Henrique em discurso na tribuna da Assembleia. (Foto: Alems)

A denúncia feita pelo deputado João Henrique (PL) caiu como uma bomba na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).

Segundo ele, a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul) vendeu imóveis avaliados em milhões de reais por valores muito abaixo do mercado — sem qualquer consulta aos servidores — e ainda firmou contratos de aluguel de longo prazo com os novos donos.

“Quando vimos os documentos, ficamos estarrecidos com o tamanho dos desvios e dos atos institucionalizados de lesão ao patrimônio público”, afirmou o parlamentar. O caso mais grave, segundo ele, envolve a sede administrativa da Cassems em Campo Grande, avaliada em cerca de R$ 40 milhões e vendida por R$ 24 milhões. “O corretor teve a ‘brilhante ideia’ de avaliar o imóvel por R$ 33 milhões e vender por 24. É uma gestão extraordinária ao inverso”, ironizou.

O negócio, ainda conforme João Henrique, foi acompanhado de um contrato de aluguel de dez anos, no qual a própria Cassems continua ocupando o prédio e pagando R$ 204 mil mensais à nova proprietária — uma loja de motos. “Estão fazendo isso em seu nome, servidor. O investidor tira uma hipoteca praticamente quitada e passa a receber o aluguel de uma sede que era do próprio plano de saúde”, criticou. O deputado também acusa a diretoria da Cassems de ter firmado o contrato além do prazo da atual gestão.

“Sumiço” de valores e CPI na mira

João Henrique afirmou que as transações foram registradas em cartório por valores menores que os acordados e indicam indícios suficientes para a criação de uma CPI.

“Se quiserem se chocar, misteriosamente desaparece R$ 1 milhão. A transação foi feita por R$ 23 milhões, embora o combinado fosse 24. A CPI vai mostrar quem, data e hora ficou com o valor, e esse senhor será chamado para se explicar aqui na Assembleia”, declarou.

O deputado também questionou o índice de reajuste do aluguel, de 4% ao ano, quando a média de mercado é de 0,5%. E disse que o mesmo tipo de operação ocorreu em Três Lagoas, onde um imóvel avaliado em R$ 25 milhões foi registrado por R$ 23 milhões, “sumindo mais R$ 2 milhões num buraco negro”.

Aluguel dobra e Ação Popular é anunciada

De acordo com balancete publicado pela própria Cassems, o gasto anual com aluguel saltou de R$ 5 milhões em 2023 para R$ 11 milhões em 2024. Para João Henrique, os números confirmam o prejuízo causado pelas operações.

“Esses dados mostram que as denúncias são verdadeiras. E ainda querem abrir um banco? Vamos propor a CPI e também uma Ação Popular para anular esses contratos de venda”, finalizou o deputado.

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