A líder da oposição da Venezuela e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, María Corina Machado, declarou na quinta-feira (16) que o regime do ditador venezuelano Nicolás Maduro é “sustentado pelo fluxo de fluxos ilegais do narcotráfico” e de outras atividades criminosas, e que “esses fluxos devem ser interrompidos”, enquanto os Estados Unidos realizaram outro ataque contra o que as autoridades descreveram como um navio de narcotráfico no Caribe.
“Como estrutura criminosa (o regime de Maduro), ele se sustenta com o influxo desses fluxos ilegais do narcotráfico, do ouro de sangue, do contrabando de minerais, de seres humanos, de armas — e esses fluxos devem ser cortados; essa é a prioridade”, disse Machado em entrevista ao canal colombiano NTN24.
Segundo ela, há um pedido há muito tempo para que o direito internacional “seja aplicado, que todas as informações que tantas agências e governos têm sobre os negócios criminosos de Maduro e todo o seu círculo sejam tornadas públicas”.
Acrescentando que “a paz que os venezuelanos desejam se baseia na liberdade”.
A política também respondeu a uma pergunta sobre a presidente do México, Claudia Sheinbaum, não tê-la parabenizado pelo Prêmio Nobel.
“Todos sabemos que o silêncio muitas vezes diz mais do que discursos grandiosos e elaborados”, declarou ela, acrescentando que o apoio que recebeu do México “foi maravilhoso”.
Os militares dos Estados Unidos realizaram um novo ataque na quinta-feira (16) contra um suposto navio de drogas no Caribe e, no que se acredita ser o primeiro caso desse tipo, houve sobreviventes entre a tripulação, disse uma autoridade americana à agência de notícias Reuters.
O presidente americano, Donald Trump, informou na quarta-feira (15) que autorizou a CIA a realizar operações na Venezuela, afirmando que muitas drogas são enviadas para os EUA a partir do país.
A ação marca uma forte escalada nos esforços do governo americano para pressionar o regime Maduro.
O Ministério das Relações Exteriores venezuelano criticou Trump e disse que a autorização é uma grave violação do direito internacional e da Carta da ONU.
“Observamos com extremo alarme o uso da CIA, bem como os anunciados deslocamentos militares para o Caribe, que constituem uma política de agressão, ameaças e assédio contra a Venezuela”, declarou. (Da Reuters)