O SINDNAPI (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical), onde Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT), é vice-presidente, foi uma das organizações que tiveram seus convênios com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) suspensos após a deflagração da operação Sem Desconto, nesta quarta-feira (23).
A ofensiva nacional mobilizou 700 agentes federais e 80 servidores da CGU (Controladoria-Geral da União), em 13 estados e no Distrito Federal, para cumprir 211 mandados de busca e apreensão, seis de prisão temporária e ordens de bloqueio de bens.
Além do SINDNAPI/FS, outras entidades investigadas incluem:
AMBEC (Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos)
AAPB (Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil)
AAPEN (Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional)
CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura)
AAPPS Universo (Universo Associação dos Aposentados e Pensionistas dos Regimes Geral da Previdência Social)
UNASPUB (União Nacional de Auxílio aos Servidores Públicos)
CONAFER (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil)
A CBPA (Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura) também teve convênios suspensos, apesar de não ter sido alvo de mandados.
Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, aposentados e pensionistas foram alvos vulneráveis de uma ação criminosa organizada. “Foi uma operação de proteção dos aposentados. Essa foi uma fraude contra pessoas que estão em uma fase adiantada da vida, naturalmente debilitadas, e que se tornaram vítimas fáceis de criminosos que se apropriaram das pensões e das aposentadorias”, afirmou em entrevista coletiva.
As investigações revelam que, entre 2019 e 2024, milhares de beneficiários tiveram valores descontados sem autorização. Segundo a CGU, esses valores eram transferidos diretamente às entidades conveniadas com o INSS, sem que os aposentados ou pensionistas tivessem ciência ou consentimento.
O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por decisão judicial no contexto da operação. A ação contou com participação da PF (Polícia Federal), da CGU e do Ministério da Previdência Social, representado pelo ministro Carlos Lupi. (Com informações da CNN e agências nacionais)