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Pré-candidato ao Planalto, Simone Tebet critica adiamento da CPI do MEC

Senadora diz que deixar a instalação da CPI para depois das eleições "é o mesmo que não apurar"

06/07/2022 - 15h27

De Brasília 

Simone durante entrevista à imprensa (Foto: Agência Senado)

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) lamentou a decisão dos líderes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de adiar a instalação da CPI do MEC para depois das eleições. Para ela, “é o mesmo que não apurar”.


“Triste Brasil que tem que escolher entre dois escândalos, o do Petrolão e o da Educação em uma eleição, e não pode, sequer, apurar denúncias gravíssimas que nos chegam (no Congresso)”, criticou a parlamentar após a decisão.


Em nota enviada à imprensa, ela disse que discorda e questiona a decisão de não instalar a CPI do MEC. “Empurrar a instalação da CPI do MEC para após as eleições é o mesmo que não apurar. Ninguém vai instalar essa CPI no final do ano. Eleição não é desculpa”, escreveu.


Simone Tebet ainda ressaltou que os senadores recebem salário para ficar atentos 24 horas por dia, “especialmente quando estamos falando de áudios e denúncias gravíssimas de autoridades públicas. O Ministério da Educação é a pasta mais importante hoje no Brasil. Estamos falando do nosso futuro, do futuro das nossas crianças e jovens.  Recursos tão necessários faltando para a merenda escolar, para a conectividade de computadores no Ensino Médio, sendo aí distribuído de acordo com interesse pessoal político-partidário de meia dúzia de pessoas. Lamentável”, finalizou.


Outros parlamentares também criticaram a decisão. "A CPI é um instrumento essencialmente político. Mas é um instrumento legal das oposições. Todos os governantes temem a CPI, ainda mais em ano eleitoral, isso é evidente. Agora, não há motivo para deixar a CPI do MEC para depois das eleições", escreveu o presidente da Comissão de Educação do Senado, Marcelo Castro (MDB-PI). por meio de suas redes sociais.


O autor do requerimento de instalação da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse, por meio do seu twitter, que a CPI preenche todos os requisitos constitucionais para ser instalada. “Se o requerimento da CPI não for lido nós iremos ao STF. Se os líderes partidários não fizerem indicação, nós iremos ao STF para que a Constituição Federal seja cumprida!”, escreveu.


A CPI tem com 31 assinaturas, quatro a mais que o necessário para ser instalada, de acordo com o Regimento Interno. Porém, após a leitura do requerimento em Plenário, ainda é possível a retirada de assinaturas antes de sua publicação.


Randolfe tenta instalar esta CPI desde abril, mas, na ocasião três senadores retiraram assinaturas, inviabilizando a sua instalação. A senadora Simone Tebet apoiou a CPI desde o início e assinou o requerimento de instalação há cerca de dois meses.

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