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Economia

Copom deve manter pela 3ª vez seguida, juro básico em 15% ao ano

Essa é a expectativa dos economistas do mercado financeiro, que preveem início do ciclo de corte dos juros somente para janeiro de 2026

Conjuntura Online
05/11/25 às 07h21
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Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo (Foto: Reuters)

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil se reúne nesta quarta-feira (5) e deve manter a taxa básica de juros da economia inalterada em 15% ao ano — o maior patamar em quase 20 anos.

Se confirmada, esta será a terceira manutenção seguida da taxa Selic. Essa é a expectativa dos economistas do mercado financeiro, que preveem início do ciclo de corte dos juros somente para janeiro de 2026. O anúncio da decisão do BC acontecerá após as 18h.

A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.

Como o Banco Central atua?
Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, é possível baixar os juros. Se estão acima, o Copom tende a manter ou subir a Selic.

Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo foi fixado em 3% e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Com a inflação ficando seis meses seguidos acima da meta em junho, o BC teve de divulgar uma carta pública explicando os motivos.

Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses.

Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.

Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo trimestre de 2027.

Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 4,55% (com estouro da meta), 4,20%, 3,8% e em 3,5%. Ou seja, acima da meta central de 3%, buscada pelo BC.

Desaceleração da economia
O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país.

A explicação é que, com um ritmo menor de crescimento, há menos pressões inflacionárias, principalmente no setor de serviços.

- Na ata da última reunião do Copom, divulgada em setembro, o BC informou que o chamado "hiato do produto" segue positivo.

- Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação.

"Há uma moderação gradual da atividade em curso, certa diminuição da inflação corrente e alguma redução nas expectativas de inflação. No entanto, o Comitê seguirá vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de alta se julgar apropriado", informou o BC em setembro. (Com g1 - Brasília)

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