A Conmebol estuda a possibilidade de criar um torneio, com taça e premiação em dinheiro, para classificar as seleções do continente para a Copa do Mundo de 2030.
- manter um formato próximo do atual, em que cada time disputa nove partidas como mandante;
- e incentivar a participação de Argentina, Paraguai e Uruguai, que sediarão as primeiras partidas do Mundial e já estarão classificados para a competição que, depois, ruma para Espanha, Marrocos e Portugal.
Uma das ideias é replicar o modelo que está sendo usado como eliminatórias para a Copa Feminina de 2027. A Liga das Nações teve início neste ano, e nove equipes – o Brasil, sede do Mundial, não disputa – se enfrentam em oito jogos. As duas primeiras se classificam, enquanto terceira e quarta colocadas disputam o play-off da Fifa.
O torneio masculino, porém, seria maior, com o mesmo formato das eliminatórias atuais – pontos corridos, todos contra todos em dois turnos. Os diferenciais seriam a disputa de um título e as premiações em dinheiro.
A Copa de 2030 teve ter o mesmo número de vagas para seleções sul-americanas: seis diretas e uma para a repescagem mundial. Dessas, três serão automaticamente ocupadas por Argentina, Paraguai e Uruguai.
A Conmebol tenta não diminuir as datas das Eliminatórias: há uma forte demanda das confederações locais para que mantenham os nove jogos como mandante, importante fonte de renda na venda de direitos de transmissão.
Foi isso o que evitou uma mudança na classificatória há quatro anos, quando a América do Sul ganhou duas vagas diretas a mais com o inchaço da Copa, que será disputada com 48 seleções pela primeira vez no ano que vem.
Temeu-se pelo desinteresse das potências, mas as receitas falaram mais alto.
Por isso, imagina-se que incentivos financeiros possam manter a atenção mesmo das equipes que já estarão com lugar reservado no torneio de 2030.
Espera-se uma decisão para logo depois da Copa de 2026, no Canadá, Estados Unidos e México, e a dirigentes admitem que as opções estão em fase embrionária.
Até lá, a Conmebol ainda tentará convencer a Fifa a ampliar a Copa de 2030 para 64 seleções, pleito que enfrenta grande resistência – inclusive na América do Sul, com cartolas acreditando que essa mudança enterraria as eliminatórias e seus nove jogos para vender. (Com ge - SP)
