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21 profissionais de saúde morreram em decorrência da Covid-19 em MS

Infectologista aponta dificuldades no atendimento geral em unidades de saúde 

12/01/2021 - 07h52

G1

21 profissionais de saúde morreram em decorrência da Covid-19 em MS (Foto: Divulgação)

Desde o início da pandemia de Covid-19, 21 profissionais de saúde morreram em Mato Grosso do Sul em decorrência da doença. A informação é da SES (Secretaria de Estado de Saúde), que ainda informou que mais de 6.700 pessoas trabalhando na área foram infectadas pelo novo coronavírus no estado.


De acordo com a Secretária Adjunta de Saúde da SES, Christinna Maymone, os óbitos foram de um residente em Água Clara, 9 em Campo Grande, um em Chapadão do Sul, 3 em Corumbá, 5 em Dourados, um em São Gabriel do Oeste e um em Três Lagoas. A morte mais recente de um profissional de saúde aconteceu no último domingo (10), a do médico Robson Fukuda, que trabalhava na linha de frente no combate à Covid-19 e foi descrito pela SES como "um salvador de vidas e um dos ícones da saúde em Mato Grosso do Sul".


A infectologista Silvia Uehara aponta, ainda, uma lacuna no atendimento das unidades de saúde a cada afastamento de profissional. "A cada profissional de saúde que adoece, muitas pessoas deixam de ser atendidas pelos médicos estarem doentes. Não só com relação a Covid, mas neurocirurgiões, cardiologistas, especialmente os que atendem o sistema público, fazem muita falta. Então é temerário qualquer relaxamento nas medidas de prevenção", afirma.


A preocupação com os profissionais de saúde também é pelo momento crítico da pandemia. De acordo com os médicos, os pacientes chegam cada vez mais graves nos hospitais. "Estamos vendo pacientes de 29, 30, 40 anos morrer. Eles chegam e não demora nem 24 ou 48 horas, já vem em estado grave e pioram muito rápido", afirma Rosana Leite, diretora do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) de Campo Grande.


"A segunda onda veio com ainda mais força, nós observamos que a mortalidade está muito alta. Batemos recorde de óbitos em dezembro e começamos janeiro com números muito altos e alarmantes também", finaliza Rosana. De acordo com dados da SES, das 2.565 pessoas que perderam a vida em decorrência da Covid-19 no estado, cerca de 15% delas não tinham comorbidades. Quase a metade tinha doenças cardiovasculares.


Desde o início da pandemia, 144.051 pessoas já foram infectadas em Mato Grosso do Sul, de acordo com o boletim epidemiológico da SES desta segunda-feira (11). Dessas, 128.935 estão recuperadas da doença, 568 hospitalizadas e 11.983 seguem em isolamento domiciliar.

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