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Política

Em nota, Reinaldo Azambuja critica “prisão precipitada” de Jair Bolsonaro

PL sul-mato-grossense reage à prisão do ex-presidente e fala em vigilância e defesa do devido processo legal

Conjuntura Online
22/11/25 às 22h55
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Bolsonaro e Reinaldo Azambuja durante agenda política. (Foto: Reprodução)

O presidente regional do PL em Mato Grosso do Sul, ex-governador Reinaldo Azambuja, divulgou neste sábado (22) uma nota dura em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), classificando sua prisão como “precipitada” e afirmando que o processo não respeitou o devido trâmite legal.

O posicionamento elevou a temperatura no cenário político sul-mato-grossense e nacional.

No comunicado oficial, Azambuja afirma que o partido “lamenta a precipitada prisão do presidente Jair Bolsonaro, antes do esgotamento do devido processo legal”, defendendo que nenhuma medida extrema deveria ser tomada sem que todas as etapas jurídicas tivessem sido cumpridas.

A nota reforça ainda que, para o PL, o momento exige um movimento de união e resistência das lideranças de centro-direita.

“Mais do que nunca, é hora de união das lideranças de centro-direita para permanecerem firmes e vigilantes na defesa da liberdade, da justiça e dos direitos fundamentais de todo cidadão brasileiro”, diz o texto.

O posicionamento do partido em Mato Grosso do Sul ecoa a reação nacional do PL e mobiliza aliados de Bolsonaro no estado, que já articulam demonstrações públicas de apoio ao ex-presidente.

A sigla avalia que o episódio pode impactar diretamente o cenário político de 2026 e reforça o discurso de que eventuais excessos institucionais precisam ser enfrentados com coesão.

A expectativa agora é que outras lideranças regionais também se manifestem, intensificando o debate em torno da legalidade da prisão e das consequências políticas do caso.

O PL mantém posição de vigilância e promete novas declarações conforme o andamento da situação.

Prisão

Por perseguição política, Bolsonaro foi preso preventivamente, neste sábado (22), por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).

Na prática, a decisão faz parte de uma estratégia do governo Lula (PT), com anuência do ministro Alexandre de Moraes, para enfraquecer a direita no país, em favor do projeto de reeleição do presidente petista em 2026, conforme avalia a oposição.

Em 11 de setembro, por 4 votos a 1, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) condenaram o ex-presidente e sete aliados pelos crimes de suposta organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Para a oposição, tudo não passa de uma narrativa do governo Lula afim de enfraquecer a direita no país. 

ANULAÇÃO

Em sessão realizada em 10 de setembro, o ministro Luiz Fux votou pela incompetência absoluta do STF no julgamento da Ação Penal 2668, que envolve o ex-presidente e outros réus acusados de tentativa de golpe de Estado.

O magistrado defendeu a anulação completa do processo, acolhendo a preliminar apresentada pelas defesas.

Em seu voto, Fux argumentou que a competência da Corte foi modificada após a data dos supostos crimes e que, portanto, o julgamento não deveria estar sendo conduzido pela Primeira Turma.

“Anular o processo pela incompetência absoluta para o julgamento. Impõe-se a nulidade de todos os atos decisórios praticados”, afirmou.

O ministro destacou ainda que, embora Bolsonaro seja hoje ex-presidente, ele está sendo processado por fatos que teriam ocorrido durante o exercício do mandato, o que reforçaria a necessidade de análise pelo plenário do STF, composto pelos 11 ministros.

“Ele é ex-presidente, mas Bolsonaro está sendo julgado como presidente. E, portanto, deveria ir para plenário”, sustentou.

O posicionamento de Fux contrasta com a maioria dos ministros da Primeira Turma, que já haviam rejeitado as preliminares da defesa e considerado legítima a tramitação da ação naquele colegiado. Ainda assim, a manifestação abre caminho para futuros questionamentos, sobretudo se houver condenação, uma vez que a incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer fase processual.

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