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Política

Simone passa a ser lembrada para disputar o Planalto pelo MDB em 2022

Partido com maior número de prefeituras pelo país almeja um candidato único

De Brasília 
05/04/21 às 07h57
Senadora Simone Tebet (MDB-MS) (Divulgação)

A Executiva Nacional do MDB trabalha por uma candidatura de centro, não necessariamente com um nome pertencente ao partido. Entre os cotados dentro da sigla para disputar o Planalto estão a senadora Simone Tebet (MS) e os governadores Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, e Renan Filho, de Alagoas. 

Simone também é lembrada para disputar à sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em Mato Grosso do Sul.

No entanto, o MDB como um todo está dividido em pelo menos quatro grupos: os que pregam candidatura própria; os defensores de uma aliança com Bolsonaro; os apoiadores de uma composição com Lula; e os que querem apoiar o candidato de outro partido de centro.

Lula conta com a simpatia dos emedebistas do Nordeste, região de lideranças como Sarney, do Maranhão, e Renan Calheiros, de Alagoas. Ao mesmo tempo, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está prestes a se filiar ao MDB, diz que pretende trabalhar para fazer de seu futuro partido uma força de oposição a Bolsonaro e admite a possibilidade de apoio à candidatura petista. A ala bolsonarista do MDB, por sua vez, é formada, entre outros, pelos deputados Osmar Terra (RS) e Rogério Peninha (SC).

O MDB, mesmo tendo perdido 260 prefeituras nas eleições municipais do ano passado, segue no comando do maior número de municípios do país, 784, incluindo cinco capitais. 

Além disso, é forte também no Senado, onde tem a maior bancada. São 15 senadores, incluindo os influentes Renan Calheiros, Simone Tebet, Eduardo Braga (AM) e Fernando Bezerra Coelho (PE). Fora do Congresso, o partido conta com os ex-presidentes José Sarney (MA) e Michel Temer (SP), não menos relevantes.

Ouvindo lideranças

Presidente nacional do MDB, o deputado federal Baleia Rossi (SP) tem pela frente o desafio de evitar, em 2022, um novo racha no partido, como o que ocorreu durante a corrida presidencial de 1998. Naquele ano, a sigla, que se chamava PMDB, se dividiu entre os que apoiavam a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e os defensores de uma candidatura própria. A Convenção Nacional emedebista foi vencida pela ala governista do partido, e os derrotados decidiram apoiar outros candidatos, entre os quais Lula.

Ao Correio, Baleia Rossi defende a busca por um candidato de centro para 2022. Ele também descarta a possibilidade de uma aliança do partido com Bolsonaro ou Lula. “Hoje, está descartado apoiar Bolsonaro ou Lula. Militantes e dirigentes querem um candidato de centro. Vamos iniciar uma discussão sobre nomes. Quero ouvir lideranças de todo o país e avaliar o cenário em cada estado. O objetivo é ter um candidato único do centro. Dentro do MDB, nossos nomes são os governadores Ibaneis Rocha e Renan Filho e a senadora Simone Tebet. Ela fez uma campanha muito corajosa para a presidência do Senado”, disse o presidente do MDB.

Além das questões partidárias, Baleia Rossi tem uma razão pessoal para evitar uma aproximação com Bolsonaro. O chefe do Planalto apoiou Arthur Lira (PP-AL) na disputa para a presidência da Câmara, definida em 1º de fevereiro. No final da corrida, o candidato emedebista perdeu fôlego com as dissidências de deputados do PSL e do DEM, partido de Rodrigo Maia. Lira foi eleito com 302 votos, com ampla vantagem em relação a Baleia Rossi, que recebeu 145 adesões.

O cientista político André Pereira César, da Hold Assessoria Legislativa, acredita que, apesar do discurso da cúpula emedebista, a tendência do partido é a de não lançar candidato próprio no ano que vem. “A tendência hoje do MDB, em relação a 2022, é, de novo, não lançar candidatos, embora o partido afirme que tem nomes para lançar. No caso do Renan Filho, ele tem que crescer muito, aparecer, a mesma situação do Ibaneis e da Simone Tebet. Talvez a Simone tenha mais ativos e atributos políticos para entrar nesse jogo, mas é muito pouco”, avalia o analista.

Ele também observa que o discurso oficial emedebista sobre candidatura própria faz parte do jogo político e que o interesse real da legenda é se cacifar politicamente. “O MDB, certamente, vai usar esses nomes, atributos e condições para valorizar seu eventual apoio a algum candidato de outro partido”, finaliza André César. Com informações do Correio Braziliense.

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