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Economia

Ação da Azul sobe 20% após desistência de fusão com a Gol

Após nove meses de tratativas, o grupo Abra, controlador da Gol, anunciou o fim das negociações

Conjuntura Online
26/09/25 às 17h49
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Conforme comunicado, apesar da disposição inicial em avançar, as discussões não progrediram nos últimos meses, devido “ao foco da Azul em seu processo de Chapter 11 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

As ações da Azul e da Gol disparam nesta sexta-feira (26), um dia após o anúncio desistência da fusão entre as aéreas.

Por volta das 15h10, os papéis da Azul subiam cerca de 16,2%, a R$ 1,22. Na máxima, as ações chegaram a disparar quase 22%.

No mesmo horário, a Gol subia aproximadamente 5,8%, a R$ 5,98, após valorizar aproximadamente 8,5%.

Após nove meses de tratativas, o grupo Abra, controlador da Gol, anunciou, nesta quinta-feira (25), o fim das negociações para uma possível fusão com a Azul. A intenção de união dos negócios havia sido anunciada pelas empresas em janeiro deste ano.

O anúncio também é valido para o acordo de compartilhamento de voos (codeshare), comunicado pelas companhias em maio de 2024.

Em entrevista ao CNN Money, Gesner Oliveira, sócio da GO Associados, pontuou que as negociações entre as empresas apresentava desafios concorrenciais, sobretudo diante do cenário brasileiro concentrado em três companhias aéreas.

O cancelamento das negociações pode influenciar futuras discussões sobre consolidação no setor aéreo brasileiro.

"A passagem de três empresas para duas empresas acarretaria uma concentração de mercado bastante prejudicial ao consumidor, elevando o preço das passagens aéreas".

A justificativa da decisão, segundo a Gol, é que houve uma mudança no cenário, já que a Azul entrou em processo de reestruturação internacional, o que levou ao encerramento das conversas entre as companhias.

Conforme comunicado, apesar da disposição inicial em avançar, as discussões não progrediram nos últimos meses, devido “ao foco da Azul em seu processo de Chapter 11.”

A Azul está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. A aérea apresentou neste mês à Justiça de Nova York o plano de reestruturação no âmbito do Chapter 11.

Segundo a Abra, a assinatura do acordo preliminar ocorreu em um cenário diferente e, por isto, houve a decisão de encerrar as conversas.

Ainda assim, o grupo reforçou que acredita no mérito de uma futura combinação de negócios entre as duas companhias e afirmou estar aberto a retomar diálogos com os diferentes atores do setor.

Em nota, o Ministério de Portos e Aeroportos declarou que acompanha a decisão e ressaltou que o setor aéreo brasileiro se mantém em crescimento, com aumento na demanda por voos domésticos e internacionais.

O governo destacou que o país seguirá contando com três grandes companhias aéreas — Gol, Azul e Latam —, garantindo competitividade e mais opções para os passageiros.

Relembre acordo
Em janeiro de 2025, a Abra, grupo controlador da Gol e da Avianca, assinou um memorando de entendimento para união dos negócios com a Azul. Na época, a empresa informou que o acordo não vinculante tinha o “objetivo de explorar uma combinação de negócios no Brasil”.

A Gol, exclusivamente, não era parte do acordo, que previa a união dos negócios da controladora aos negócios da Abra.

Caso a transação se concretizasse, as duas empresas previam manter suas marcas e certificados operacionais de forma independente. Ou seja, as marcas Azul e Gol continuariam existindo concomitantemente. (Com CNN - SP)

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