O dólar recuava, enquanto o Ibovespa tinha alta nesta quinta-feira (23), com Petrobras entre as maiores altas, apoiada pelo salto dos preços do petróleo no exterior após novas sanções dos Estados Unidos contra Rússia.
Às 10h38, o dólar à vista caía 0,38%, aos R$ 5,3794 na venda.
No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,73%, a 145.927,72 pontos.
Os Estados Unidos aplicaram sanções às duas maiores empresas petrolíferas da Rússia na véspera, apelando ao governo russo para concordar com um cessar-fogo imediato.
Internamente, destaque para as declarações dadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita à Indonésia, afirmando que disputará a reeleição no próximo ano, em busca de um quarto mandato na Presidência.
"Eu vou completar 80 anos, mas pode ter certeza que eu estou com a mesma energia de quando eu tinha 30 anos de idade. E vou disputar um quarto mandato no Brasil", disse Lula, ao lado do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto.
Em outro momento, em discurso durante Fórum Empresarial Indonésia-Brasil, Lula fez críticas ao "receituário neoliberal", que segundo ele foi incapaz de conter turbulências no mundo desenvolvido, e disse que não pretende reproduzir no Brasil a condição de mero exportador de commodities.
Lula disse ainda que o Brasil vai propor, durante a cúpula climática das Nações Unidas COP30, que o uso de combustíveis sustentáveis seja quadruplicado.
Como em sessões anteriores, porém, o dólar oscila em margens bastante estreitas ante o real nesta manhã, com investidores à espera de dois eventos externos: a divulgação do índice de preços ao consumidor dos EUA, na sexta, e a decisão de juros do Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve, na próxima quarta-feira.
"Se o CPI não vier mais forte amanhã e com corte de juros pelo Fomc na próxima quarta-feira, não seria surpresa o real voltar a subir e (o dólar) se aproximar de R$ 5,30 novamente", avaliou o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em comentário enviado a clientes.
Durante participação no fórum na Indonésia, também nesta quinta-feira, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a autoridade monetária está "bastante incomodada" com a inflação e as expectativas de inflação fora da meta, embora esteja havendo um processo de desinflação.
Galípolo também reforçou a ideia de que a taxa básica Selic, hoje em 15% ao ano, seguirá restritiva por um período prolongado para conter a inflação. Ao mesmo tempo, não fez previsões sobre quando a inflação pode atingir a meta, que é de 3% com margem de 1,5 ponto percentual. (Com CNN)