Com a arrecadação sob pressão e um cenário econômico nacional que inspira cautela, Mato Grosso do Sul apertou o cinto. O governo estadual publicou nesta segunda-feira (4) um decreto que reduz de 24% a 25% os gastos do Executivo, priorizando a manutenção de obras e projetos estratégicos.
Na prática, a tesoura atinge principalmente despesas de custeio — aquelas que não afetam o funcionamento básico da máquina pública — e poupa áreas essenciais como saúde, educação e segurança. “Essa medida é preventiva. Não estamos em crise, mas é preciso responsabilidade”, afirmou o governador Eduardo Riedel, ao explicar que o ajuste busca garantir fôlego para manter o ritmo de investimentos.
A iniciativa também reforça a meta de preservar a solidez fiscal do Estado e evitar impactos negativos em caso de queda nos repasses federais ou flutuações na arrecadação. Com o caixa mais controlado, a gestão pretende assegurar a continuidade de obras de infraestrutura, parcerias público-privadas e programas que fortalecem a economia.
O decreto já está em vigor e, segundo o governo, tem como objetivo evitar que Mato Grosso do Sul siga o caminho de outros estados que acumulam dívidas e dificuldades para honrar compromissos. “É uma forma de assegurar que o Estado continue crescendo, mesmo em um momento de instabilidade nacional”, disse Riedel.