Mosaico da torcida do Botafogo viraliza com primeiro personagem humano

A vitória do Botafogo por 3 a 1 sobre o Universitario, na Libertadores, na última quarta-feira foi importante, mas o mosaico na entrada do time em campo roubou a cena no dia seguinte. O assunto foi comentado nas redes sociais porque o desenho tinha um humano com a camisa do Botafogo, levando uma das mãos em punho ao peito, e foi reproduzido de forma perfeita, mesmo com tantos detalhes.

Lara di Mello é uma das organizadoras do Movimento Ninguém Ama Como A Gente, grupo que lidera essas ações, atuando como ilustradora e designer. Ao ge, ela contou uma das dificuldades para a montagem.

- O mais difícil desse jogo foi a operação de guiar os torcedores para o centro da arquibancada, deixando propositalmente os setores mais extremos fechados. Assim, conseguimos garantir o número necessário de pessoas para levantar as placas de mosaico na entrada do time em campo.

Ao todo, 23.800 pessoas marcaram presença no Nilton Santos, com o setor da festa - Leste Superior e Inferior - com ingressos esgotados antecipadamente. Depois de duas derrotas na fase de grupos da Libertadores, o Botafogo precisava vencer para seguir sonhando com uma possível classificação.

E a mensagem tinha atenção de demonstrar coragem, um dos valores que constam no Manual da Marca que a SAF Botafogo divulgou recentemente.

- Me preocupo muito em como a mensagem que queremos passar será recebida pelos botafoguenses. O maior desafio foi elaborar um desenho que coubesse no espaço de arquibancada que teríamos para utilizar, assim como fazer pela primeira vez um personagem humano em um mosaico. A clareza de leitura do desenho é sempre minha principal preocupação.

- No jogo contra o Junior Barranquilla, optamos por não fazer um mosaico como ação na arquibancada por conta do horário de 19h, dificultando a entrada de todos os torcedores no estádio para a execução do mosaico. A partir dessa análise, vimos que poderíamos, sim, fazer um mosaico, desde que o desenho principal fosse bem centralizado na arquibancada - explicou.

As peças foram distribuídas pelas cadeiras no dia anterior, que era feriado de São Jorge no Rio de Janeiro, e contou com menos pessoas. Por consequência, os 50 voluntários envolvidos levaram cinco horas para a colocá-las.

No dia do jogo, folhetos foram distribuídos e compartilhados nas redes sociais para ajudar na execução. (ge)