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Prisão de Robinho repercute na imprensa italiana: 'As portas do cárcere se abriram'

A prisão do ex-atleta ocorreu após homologação da sentença italiana pelo Superior Tribunal de Justiça

22/03/2024 - 08h26

Rio de Janeiro 

Com O Globo 

Prisão de Robinho é destaque na imprensa italiana (Foto: Reprodução)

O ex-jogador Robinho foi preso nesta quinta-feira, em Santos, no litoral de São Paulo, para iniciar o cumprimento de pena por uma condenação de estupro na Itália. Ele foi levado por agentes da Polícia Federal para a sede da entidade na cidade paulista para passar por exame de corpo de delito e audiência de custódia antes de ser encaminhado à penitenciária. 


A detenção do ex-atleta, levada a cabo após homologação da sentença italiana pelo Superior Tribunal de Justiça, repercutiu na imprensa do país onde o crime foi cometido, em 2013.


Os diários italianos ressaltaram que o jogador ficaria atrás das grades para cumprir a pena do estupro e explicaram aos leitores por que ele não poderia ser extraditado, já que a Constituição brasileira veda este procedimento em casos de brasileiros natos.


O jornal Corriere della Sera, um dos mais tradicionais da Itália, destacou que "as portas do cárcere se abriram para Robinho". O diário destacou que agentes foram até a residência do ex-jogador depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal Luix Fux rejeitou o pedido da defesa, em caráter liminar, para suspender a execução imediata da pena.


A publicação ainda ressaltou que o acusado disse ter provas de que a relação com a vítima, de nacionalidade albanesa, foi consensual e que o advogado do ex-atacante do Milan recorre da homologação da sentença e da prisão no Supremo.


O La Gazzeta dello Sport também deu destaque ao que chamou de "Inferno Robinho". O diário esportivo informou que o ex-jogador já havia sido condenado em todas as instâncias pela Justiça italiana e que agora começaria a cumprir a pena no Brasil. Também explicou aos leitores por que Robinho não seria entregue às autoridades italianas.


"A defesa de Robinho tentará agora apresentar recursos, contestando os pontos da [homologação da] sentença. Mas esse processo levará muito mais tempo. Salvo surpresas, Robinho estará preso enquanto isso", escreveu o diário.


O caso Robinho finalmente passa por uma virada, apontou o Corriere dello Sport, que detalhou a análise do caso no STJ e disse que o ex-jogador atacou a Justiça italiana por afirmar que "se fosse um italiano branco, certamente teria sido diferente". O jornal Il Messaggero, por sua vez, apontou que Robinho vai iniciar o cumprimento de pena no Brasil, cujo sistema penitenciário é conhecido por ser um "inferno na Terra".


"As condições de vida são notoriamente horríveis, conforme relatado pelo The Sun: desde a superlotação às más condições de higiene, da violência às guerras de gangues. O ex-astro do futebol brasileiro Robinho deverá cumprir 9 anos de prisão em uma dessas instalações", escreveu o jornal.


Entenda o caso


Segundo a GloboNews, o ex-jogador ficará no complexo prisional de Tremembé, a 130 quilômetros da capital paulista. A defesa dele negociava para que ele ficasse preso no próprio estado de São Paulo para facilitar a visita de familiares.


O STJ (Superior Tribunal de Justiça) enviou na tarde desta quinta-feira um ofício para a subseção de Santos da Justiça Federal de São Paulo comunicando do resultado do julgamento que determinou o cumprimento imediato da pena de nove anos de prisão imposta ao ex-jogador Robinho pela Justiça da Itália.


O documento foi assinado pela presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura. A ministra afirma que o STJ determinou "que se inicie, de imediato, a execução de sentença condenatória".


O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido de habeas corpus da defesa de Robinho para impedir a prisão imediata do ex-jogador do Milan e do Santos.


"Considerados os fundamentos expostos ao longo deste voto, não se vislumbra violação, pelo Superior Tribunal de Justiça, de normas constitucionais, legais ou de tratados internacionais, caracterizadora de coação ilegal ou violência contra a liberdade de locomoção do paciente", observou Fux.

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